Alan Turing teve um papel fundamental para decifrar o código enigma dos nazis durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de ter contribuído para o antecipar do término da guerra, e ter assim poupado milhares de vidas, o matemático e cientista foi brutalmente maltratado. Por ser homossexual, em 1952 foi condenado por “indecência grosseira” e foi castrado quimicamente. Acabaria por se suicidar dois anos depois, aos 41 anos. 

Foi apenas em 2013 que a monarquia britânica lhe concedeu um indulto ou perdão real a título póstumo reconhecendo o seu contributo como “homem excepcional com uma mente brilhante”.  "A sua vida foi ofuscada por uma condenação por actividade homossexual, uma sentença que agora consideraríamos injusta e discriminatória e que agora foi revogada", disse na altura o Ministro da Justiça inglês Chris Grayling. "Turing merece ser lembrado e reconhecido por sua fantástica contribuição ao esforço de guerra e seu legado à ciência. Um perdão da Rainha é um tributo adequado a um homem excepcional" acrescentou Grayling.

A história de Turing ficou mais conhecida do grande público depois de retratada no filme “O Jogo da Imitação” (2014) com Benedict Cumberbatch no papel de protagonista.