Taylor é mais conhecida pelos seus papéis humorísticos, satíricos e cheios de sarcasmo. Tanto nas suas personagens no cinema como na televisão. É aqui, na televisão, que a actriz americana é considerada uma das rainhas.

O seu papel na série “Dois Homens e Meio” (2003-2015), onde fazia de mãe do personagem de Charlie Sheen, e onde participou em todas a temporadas, foi o que lhe trouxe mais aplausos. Foi, aliás, nomeada aos Emmys por esse papel quatro vezes, ao longo de todas as doze temporadas da série.

Contudo, o único Emmy que tem em casa foi-lhe atribuído em 1999 pela performance de uma personagem dramática, na série “Causa Justa” (1997-2004), onde participou de 1998 a 2003. Outro papel igualmente marcante, apesar de pequeno, foi o da milionária Peggy Peabody na série “A Letra L” (2004-2009), onde aparecia amiúde, mesmo tendo participado em todas as temporadas. É inesquecível o diálogo que a sua personagem tem com a personagem principal, Bette Porter (interpretada por Jennifer Beals), no 3.º episódio, “Lies, Lies, Lies”, da 1.ª temporada:

Peggy: Eu era lésbica em 1974.

Bette: Só em 1974?

Peggy: Só em 1974. Foi tudo o que eu precisei de saber.

Bette: Bem, sabe, é a isso que costumamos referir como uma… "has-bian." [O termo “has-bian” aqui refere-se a uma mulher que foi, em determinado ponto da sua vida, lésbica.]

À pergunta da jornalista da rádio americana WNYC “Porque é que nunca tinha considerado casar-se?”, Taylor referiu que “A minha relação amorosa é com uma mulher. Dada a minha geração, não seria algo que pudesse ocorrer assim automaticamente para mim”. As declarações da actriz septuagenária levantaram outro rumor: que Holland Taylor namora com a também actriz Sarah Paulson (na foto de cima), 32 anos mais nova. As actrizes têm sido vistas juntas e Taylor na entrevista que deu disse: “Existe uma grande diferença de idade entre nós , estou segura que isso choca muita gente e isso assusta-me”.

Luís Veríssimo