Impunidade: Governo mantém-se em silêncio depois de Habeas Corpus divulgar segunda lista de “terroristas” LGBTQIA+
Liderado por Rui Fonseca e Castro, o grupo Habeas Corpus publicou pelo segundo mês consecutivo uma lista de pessoas que chama de “terroristas” LGBTQIA+ nas redes sociais.
Nesta lista encontram-se nomes mediáticos da cultura e política portuguesa. Esta segunda lista conta, entre outras, com figuras como o ex-ministro da Educação, João Costa, o Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, ou a Directora Editorial da Penguin Random House Portugal, Clara Capitão.
Na sequência da divulgação desta segunda lista, o Bloco de Esquerda contactou a Administração Interna, pela segunda vez, para determinar se este organismo está sensibilizado para a existência do documento e do possível perigo que o grupo coloca para a segurança pública.
O Bloco de Esquerda tinha alertado os Ministérios da Administração Interna, Juventude e Modernização, e Justiça, aquando da divulgação da primeira lista, tendo apenas recebido resposta do Ministério da Justiça que os direccionou novamente para a Administração Interna.
Recorde-se que o grupo Habeas Corpus foi também responsável por destabilizar várias apresentações de livros LGBT em diferentes ocasiões recentes, uma da escritora Mariana Jones na Feira do Livro de Lisboa e outra da escritora Ana Rita Almeida em Idanha-a-Nova. Como resposta, um grupo de escritores, bibliotecários e outras entidades uniram-se e escreveram também uma carta dirigidas aos Ministérios da Administração Interna, Justiça e Cultura para chamar a atenção para o grupo e os seus actos.
Também várias associações e colectivos LGBTI+ repudiaram as acções do grupo Habeas Corpus após as reiteradas acções contra as pessoas LGBTI+ por meio dos seus canais de comunicação.
A TSF tentou contactar diversas vezes a Ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, detentora da tutela da igualdade, sem sucesso.
Até à data, não há registo do governo se ter pronunciado sobre este assunto compactuando assim com a impunidade para com o grupo Habeas Corpus.