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Israel não é bem-vindo à Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa

israel pride

A Comissão organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa (MOL) já divulgou a data da edição deste ano, mas deixou explícito que "não aceita a participação da embaixada de Israel na Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, enquanto representante oficial de um Estado violador dos direitos humanos, que aplica políticas de apartheid e cujo governo é de extrema-direita."

Esta posição é reiterada um ano depois da tensão entre a Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa e a Embaixada de Israel em Lisboa.

Na altura, o embaixador Dor Shapira escreveu um artigo de opinião no Jornal Público na sequência de ter visto negada a participação da representação do Estado de Israel na marcha pela comissão organizadora da MOL. O diplomata considerou esta "uma péssima decisão, porque não representa a Comunidade LGBTI+ mas tão só os dirigentes de uma comissão capturada por uma extrema-esquerda com tiques assustadoramente autocratas". Dor Shapira escreveu ainda: "Em muitos dos países vizinhos de Israel - e especialmente na Faixa de Gaza - não há Comunidade LGBTI+ por uma razão muito simples: se alguém o assumir será sumariamente punido. Na melhor das hipóteses, com a prisão e na pior com a execução. Israel acolhe estas pessoas."

Um ano depois a comissão organizadora da MOL volta a dizer que "a bandeira arco-íris não servirá para ocultar violações sistemáticas dos Direitos Humanos. Reafirmamos a nossa solidariedade com o povo palestiniano e em particular com as organizações LGBTI+ e queer palestinianas e israelitas que se opõe à ocupação israelita da Palestina e ao apartheid." Para os representantes da comissão (que é constituída por cerca de 15 colectivos e associações de defesa dos direitos das pessoas LGBTI+, entre os quais se encontram a Academia Cidadã, Djass, GAT - Grupo de Ativistas em Tratamentos, Grupo Transexual Portugal, ILGA Portugal, MAIS, NuPRIDE, Opus Diversidades, OutCiências, Panteras Rosa, PolyPortugal, Por Todas Nós, QueerIST, Queer Tropical, rede ex aequo e
TransMissão) a participação dos representantes políticos de Israel é "uma tentativa de usar a marcha como plataforma de lavagem de rosto". A comissão da MOL enuncia números da Amnistia Internacional: em 2022 na Cisjordânia, "as forças israelitas mataram cerca de 200 pessoas palestinianas, incluindo 50 crianças - a maioria em execuções extrajudicionais sumárias".

Nas redes sociais da Marcha do Orgulho de Lisboa são elencados várias outras perseguições e números de vítimas que ocorrem nos naquela zona do planeta.

 

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