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Já conheces a Alecia Fluffy? (com vídeos)

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Quando andava no segundo ano de uma escola católica da Madeira, em finais dos anos 90, o seu desejo de Carnaval era ser Mary Poppins (mesmo sem ter memória de alguma vez ter visto o filme). Com a ajuda da família, principalmente da mãe, da avó e tia-avó maternas, ganha o prémio de Rei do Carnaval, para espanto de um dos membros do júri que lhe perguntou se estava na categoria certa, isto é, se era mesmo um menino.

Anos mais tarde, no Halloween e no Carnaval, o que sempre lhe atraiu foram os vestidos, os saltos, a maquilhagem, a expressão sem-desculpas do seu lado feminino. No Verão de 2007, uma amiga revela-lhe que é transexual e isso catapulta a programação de um show de transformismo que cimenta, em definitivo, o seu interesse na arte drag. Assim nasceu Alecia Fluffy, a emocional e teatral drag queen madeirense que planeia quebrar moldes e criar, no seu canal de YouTube, uma fonte para novas conversas sobre variados “tópicos, conceitos e ideias, desde o último êxito da música pop até religião”.

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De 2013 até o início do Verão de 2014, foi a artista principal no agora encerrado Arquipelágos Club, o único bar exclusivamente LGBT+ na Ilha da Madeira, e criou amores e desamores junto do público com as suas actuações sempre diferentes, teatrais e até sensuais. Com a ajuda do seu parceiro e de amigos, Alecia criou histórias em palco ao ritmo de músicas desconhecidas ou de grandes êxitos. Valorizando o teatral e o lipsync (arte de combinar os lábios com a música dando a ilusão de ser a intérprete), cativou a atenção dos clientes regulares e turistas, LGBT e simpatizantes, durante os meses em que pisou o palco do então único espaço dedicado à sua comunidade. Calça o 45 e é ela que faz os seus próprios sapatos, altera roupas e joalharia.

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Possuidora de um estilo ecléctico e de uma aparente interminável variedade de personagens com looks arrojados e originais foi também ela que aprendeu a fazer a sua própria maquilhagem ao ver vídeos no YouTube em inglês. Deste “do it yourself” até à vontade de trazer um pouco desse conhecimento e cultura para os portugueses foi um pequeno passo. Alecia planeia fazer os seus próprios tutoriais sobre maquilhagem e outros assuntos para os seus fãs na internet.

 

À conquista do YouTube

O seu tempo em palco foi curto e, sem ter encontrado outra plataforma onde expressar o seu amor pela arte do drag, Alecia Fluffy quer agora conquistar o palco do YouTube e, no futuro, regressar aos palcos da vida real. Entretanto, o seu vestuário está cheio de roupas para alterar, perucas para pentear e sapatos para adicionar à sua colecção de apenas três pares (stillettos, de cunha e umas botas).

As aspirações para o seu canal do YouTube vão um pouco mais longe do que apenas explorar o seu amor pela arte drag. Em “Alecia Fluffy Presents”, tópicos como homofobia, religião ou a falta dela, cultura, identidade de género, sexualidade e outros temas controversos e pesados estão planeados como necessários a abordar de uma forma educativa e com muito entretenimento à mistura.

Alecia quer ter o seu próprio estúdio caseiro onde planeia filmar e fazer sessões fotográficas a partir do conforto da sua casa, tal como fez no vídeo “Leftovers” ou na sessão fotográfica com o fotógrafo Maurício Pão intitulada “Alecia Fluffy & Family”.

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Também online começou por abordar um conceito ao estilo de talk-show na série “Q+/-A” em que discute a diferença entre travestis, transsexuais e drag-queens. Quando tiver condições Alecia garante recriar mais episódios.

O seu último trailer no YouTube está a receber boas críticas. A confirmar-se a boa adesão dos fãs a rainha drag da Madeira está no bom caminho para conquistar um império.

 

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