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Jean Wyllys: "Percebi que ia morrer e que tinha de deixar o Brasil"

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O ex-deputado brasileiro Jean Wyllys que se exilou na Alemanha depois de ter recebido ameaças de morte, intensificadas depois do assassinato de Marielle Franco em 2018, esteve no CES, em Coimbra, e na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Foi com manifestações de solidariedade e contra-protestos à porta da Casa do Alentejo, em Lisboa, que Jean Wyllys foi recebido esta quarta-feira. Apesar das várias centenas de pessoas presentes, uma vasta multidão de pessoas não conseguiu assistir às palavras do ex-deputado que no dia antes tinha realizado uma conferência idêntica na Cidade dos Estudantes. Em Coimbra, dois homens tentaram atirar ovos contra Jean Wyllys, tendo sido identificados pela PSP. O deputado ripostou; “Qualquer fascista cobarde que se queira manifestar, em vez de atirar ovos ou tiros, por favor, vamos aos argumentos. Levantem-se, manifestem-se, falemos”, frisou o activista brasileiro. “As pessoas que  tentaram atirar ovos “são compostas por esse ódio que não permite a diversidade” referiu o primeiro deputado assumidamente gay no Brasil.

 

“Será a memória de Marielle Franco” que vai derrubar Bolsonaro, afirmou Jean Wyllys em Coimbra.  O “corpo físico desapareceu”, as ideias permanecem. “O assassinato de Marielle não significa o fim de Marielle”, sublinhou o ex-deputado.

Já em Lisboa, na Casa do Alentejo, Wyllys explicou o seu auto-exílio: “Eu vivia numa cárcere, o que me deprimiu e afectou emocionalmente. Eu percebi que ia morrer: se não fosse assassinado morreria doente por levar aquela vida. Foi aí que percebi que tinha de deixar o Brasil“. Jean Wyllys disse ainda ser alvo de uma campanha de fake news, um processo de destruição de reputação “que se tornou um hábito”. 

 

A vinda do ex-deputado a Portugal organizada pelo SOS Racismo, Coletivo Andorinha em Lisboa, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e pela Fundação Saramago contou ainda com uma ida ao Parlamento português. 

 

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