Lisboa sai à rua com Orgulho na 17.ª Marcha LGBT (com vídeo)
É já amanhã, Sábado, 18 de Junho, às 17h, que se realiza a 17.ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa. A organização deixa o apelo a que toda a gente participe e que não fique no passeio a observar com receio de se juntar.
"Saímos à rua em Lisboa pela 17.ª vez para marchar com cada vez mais orgulho em transcender o género. As pessoas lésbicas, gays, bissexuais e trans, conhecem bem a violência desse sistema de regras e de papéis rígidos, um sistema de binarismos, proibições e punições que nos limita e que nos quer dizer quem somos, o que somos, como nos devemos expressar ou com quem e como nos devemos relacionar. Saímos à rua para mostrar que recusamos a repressão da diversidade de género e que vamos continuar a transcender a opressiva norma binária porque celebramos todas as nossas diferenças!", pode ler-se no comunicado.
Depois do que aconteceu em Orlando, a organização também pretende que saíamos à rua para “recusar todas as violências que os papéis de género continuam a impor: os crimes de ódio que são cometidos contra nós e que continuam a acontecer em silêncio, o bullying nas escolas mas também em casa ou no local de trabalho, os suicídios de quem sofre por se afirmar ou por não se poder afirmar.”.
O assassinato de Gisberta há 10 anos no Porto também não foi esquecido pela organização: “Saímos à rua porque é urgente dar prioridade aos direitos das pessoas trans.”, pois “TRANScender o género é despatologizar as identidades trans e privilegiar a autonomia de todas as pessoas trans na definição de si próprias, quer na lei, quer na saúde, quer na sociedade. É afirmar a necessidade de incluir a identidade e a expressão de género no artigo 13.º da Constituição [Portuguesa].”.
O apelo tem vindo de vários sítios e figuras. Hoje, 17 de Junho, a jornalista Fernanda Câncio, num artigo de opinião do Diário de Notícias, escreve: "É contra estas mortes (…) que se fizeram os gay pride. Pride de orgulho, mas também de exibição, de grupo de gente que dá nas vistas. É mesmo para isso, para sermos vistos, que marchamos.”. Também o cantor Zé Manel apela à participação na Marcha. O apelo é agora mais do que nunca, para que todas as pessoas compareçam e manifestem o que são e como são.
Fotografia: 16.ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, 2015, álbum de fotos aqui.
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Luís Veríssimo