Através da consciencialização e visibilização das formas de discriminação que estas pessoas continuam a estar sujeitas, dos desafios e conquistas legais alcançados, dos seus contributos para uma sociedade mais igualitária e democrática, são vários os programas de actividades apresentados para este mês.

Assim, arranca já no próximo dia 03, às 20h, no Espaço Santa Catarina, em Lisboa, a Mostra Performativa em celebração ao Mês da Visibilidade Trans com as performances “Meu Profano Corpo Santo” e “O Jeito que o Corpo Dá - Desmontagem”, e as conversas com  artistas, neste caso: Keyla Brasil e Luan Okun. 

Também, nos dias 10 e 11 de março a Mostra transita para a Casa do Brasil de Lisboa, com novas datas a serem anunciadas em breve, segundo as entidades organizadoras. 

Na comunicação do evento é sugerida uma contribuição solidária para a manutenção e autonomização das vidas dos artistas, com valor consciente sugerido a partir de 8 euros. As entradas serão sujeitas à lotação do espaço e com uma classificação indicativa de maiores de 18 anos.

Não esquecemos que, segundo os dados do relatório da ILGA Europa sobre os direitos de pessoas LGBTQI+ em 2022, assiste-se a um crescendo de incitação ao ódio e das formas de violência transfóbica na Europa, sendo relatados casos específicos de perseguição, sequestro e homicídio. As leis de reconhecimento legal de género continuam a ser vetadas por grupos políticos conservadores que negam estas existências afirmando a autenticidade de género.

A visibilidade e orgulho LGBTQI+ mostra ser central para o reconhecimento político da diferença e da igualdade de direitos. 

Daniel Santos Morais