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Não-Monogamias - O ABC dos modelos relacionais

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No dia 15 de Julho, comemora-se o Dia da Visibilidade da Não-Monogamia, uma oportunidade para celebrar e falar sobre a diversidade de modelos que naão incluem a premissa da exclusividade.

O swing, por exemplo, envolve um casal que pratica actividades sexuais com outros casais ou indivíduos solteiros. Nesse caso, a exclusividade sexual é quebrada, mas a exclusividade romântica continua a prevalecer. As práticas são realizadas em conjunto ou através da troca de casais. Já nas relações abertas, estabelece-se um acordo entre o casal, permitindo que ambos possam conhecer, flertar e eventualmente desenvolver relacionamentos afectivo-sexuais com outras pessoas. A relação do casal mantém-se como prioridade em relação a outras, não permitindo espaço para o crescimento emocional dessas relações externas. As relações poliamorosas caracterizam-se pelo envolvimento afectivo-sexual entre mais de duas pessoas, com a possibilidade de crescimento emocional nas diversas relações estabelecidas. Podem existir hierarquias entre essas relações, como relações primárias, secundárias, entre outras. A polifidelidade também pode ou não fazer parte, significando que os membros podem ou não desenvolver relacionamentos fora da relação poliamorosa já estabelecida. A anarquia relacional, por sua vez, envolve relacionamentos afectivo-sexuais entre mais de duas pessoas, sem hierarquias definidas entre essas relações. Todas as relações são consideradas igualmente importantes, independentemente da presença ou ausência de componentes românticos e/ou sexuais.

Os modelos não são estáticos. Há espaço para renegociação e ajustes nos acordos das relações. Cada modelo é válido, não havendo modelos melhores que outros. O essencial para o funcionamento de uma relação é que os parceiros se sintam confortáveis.

As regras que possam existir nessas relações são flexíveis e visam apenas garantir o bem-estar dos parceiros. Estas categorias foram criadas para melhor compreendermos as diferentes dinâmicas nos modelos relacionais não-monogâmicos, mas é importante destacar que os modelos não são estáticos. Há espaço para renegociação e ajustes nos acordos das relações. Cada modelo é válido, não havendo modelos melhores que outros. O essencial para o funcionamento de uma relação é que os parceiros se sintam confortáveis com o modelo escolhido.

 

Daniela Alves Ferreira