O casamento de Alejandro Amenábar e David Blanco
O realizador espanhol Alejandro Amenábar de 43 anos casou-se no Sábado passado, dia 18, com David Blanco de 27 anos, seu companheiro há cinco anos.
Nascido no Chile, Amenábar mudou-se para Espanha com os pais com apenas três anos. Como realizador começou a dar nas vistas com o filme “De Olhos Abertos” (1997) com Penélope Cruz. O filme acabou por ser alvo de um remake, “Vanilla Sky” (2001) de Cameron Crowe, com Tom Cruise e com Penélope Cruz a interpretar o mesmo papel. Depois de aclamado “Os Outros” (2001), com Nicole Kidman, Amenábar deu o salto em 2004 ao dar-nos o maravilhoso “Mar Adentro”, com Javier Bardem no principal papel, o filme acabou por receber duas nomeações aos Óscares, tendo-lhe sido atribuído o Óscar para Melhor Filme em Língua Estrangeira. Depois do falhanço que foi “Ágora” (2009), o realizador ultima o filme “Regression” (2015) com Ethan Hawke e Emma Watson.
David Blanco é economista numa empresa de transportes. Estão juntos desde 2010, não se sabendo ao certo quando se conheceram. Há relatos na imprensa espanhola de que se terão conhecido quando o realizador andava a promover “Mar Adentro” em 2004/2005. Foi nessa altura também que Amenábar saiu do armário ao dar uma entrevista à extinta revista espanhola Zero, tendo sido capa da mesma.
Devido aos 16 anos que os separam, ou talvez não, o casal tem-se mantido bastante discreto, apesar da sede dos paparazzi americanos e espanhóis. A boda foi, por isso, igualmente discreta. Cerca de 200 convidados foram testemunhas do enlace. A troca de alianças e juras de amor deu-se em Villanueva de la Cañada, a 40 minutos da capital espanhola. Não foi possível aos fotógrafos registar o momento do “sim”, contudo, com autorização dos noivos alguns convidados puderam tirar algumas fotos.
Desde há 10 anos que é possível pessoas do mesmo sexo casem em Espanha, o casamento entrou em vigor a 3 em Julho de 2005. Desde essa data é igualmente possível casais do mesmo sexo adoptarem crianças. A partir de Maio do ano seguinte passou a ser possível a procriação medicamente assistida a todas as mulheres, inclusive às muitas lésbicas portuguesas que se deslocam a Espanha para poderem ser mães.
Luís Veríssimo