O corajoso testemunho de Santiago D'Almeida Ferreira na The Advocate
“Foram-me dados o nome e género errados na minha certidão de nascimento e tive que viver com isso. As coisas só mudaram ao chegar à idade adulta e ao fazer o pedido de reconhecimento através do mesmo processo para as pessoas transgénero”.
Num relato duro, Santiago conta que antes da mudança de documentos “tudo era muito difícil. Eu sou adoptado, sou negro e nunca correspondi ao estereótipo do 'corpo de menina' (…) eu era a aberração, não a normalidade, por isso não podia brincar com ninguém”. Na The Advocate, Santiago também detalha os problemas que enfrentou no mercado de trabalho. O activista descreve ainda o trabalho que tem estado a realizar com Júlia Mendes Pereira na associação Acção Pela Identidade, nomeadamente em prol da auto-determinação de género, incluindo para jovens e imigrantes, e na protecção em termos legislativos das pessoas intersexo.