O discurso, na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, vem no seguimento da sua participação na campanha "HeForShe", que tem como objectivo angariar um bilião de homens que se tornem defensores da igualdade de direitos das mulheres.

A actriz, conhecida pelo seu papel em "Harry Potter", transmitiu uma mensagem emotiva que sensibilizou não só as pessoas presentes como milhares de pessoas por todo o mundo. O vídeo do discurso conta já com cerca de cinco milhões de visualizações e levanta questões relevantes sobre o feminismo e a igualdade de género. "A minha pesquisa demonstra que 'feminismo' se tornou uma palavra pouco utilizada. Pertenço ao grupo das mulheres que são vistas como demasiado fortes, muito agressivas, anti-homens e pouco atraentes. Porque é que esta palavra é tão desconfortável? Eu sou inglesa e acho que tenho o mesmo direito, enquanto mulher de ser paga de igual modo aos meus colegas homens", declara.

Emma Watson partilha ainda a sua experiência, contando que "quando tinha 8 anos chamavam-me mandona porque eu queria encenar a peça de teatro que íamos apresentar aos nossos pais". Emma confidencializa que aos "15 anos as minhas amigas começaram a desistir das equipas de desporto porque não queriam parecer masculinas. E aos 18 anos, os meus amigos homens não eram capazes de expressar os seus sentimentos". O discurso termina com palavras de incentivo à mudança e que justificam a sua participação no projecto: "Se não for eu, quem o fará? Se não for hoje, quando será?"

No entanto, nem todos parecem ter gostado do discurso da actriz, que foi ameaçada de ver fotos suas íntimas divulgadas na web por um conjunto de hackers, que tem vindo a fazer o mesmo com outras celebridades, todas elas mulheres.

Assiste ao discurso na íntegra

André Faria