O foco do Queer Lisboa 21 em Shu Lea Cheang (com vídeo)
O holofotes do Queer Focus deste ano estão virados para uma das mais inovadoras realizadoras e artistas multimédia da actualidade. A restrospectiva do festival Queer Lisboa dedicada à artista multimédia Shu Lea Cheang, natural de Taiwan, contará com a exibição de 15 obras da artista, entre curtas e longas metragens.
Shu Lea Cheang nasceu em 1954. Viveu em Nova Iorque durante dez anos, tendo instalado-se na Europa no ano 2000 e vive hoje em dia em Paris. Desde o início dos anos 80 que é uma artista activa nas áreas do vídeo experimental e da net art, daí que o seu trabalho combine preocupações artísticas com questões sociais politizadas. É um dos nomes mais relevantes no cinema queer, cruzando uma série de disciplinas artísticas - trabalha desde instalação, performance, vídeo, cinema. Extremamente ligada à Era da Informação, lida com o corpo tecnológico, teoria e política queer, de género e questões digitais.
É ainda de salientar que foi uma das primeiras artistas a trabalhar a internet como ferramenta artística e que alguns trabalhos seus fazem parte de coleções de instituições como o Museu Guggenheim ou o Whitney Museum of American Art.
Será exibido, em estreia internacional, o projecto “Wonders Wander”, realizado para o Madrid Pride 2017, uma web série de quatro episódios, que explora a nova geração queer, que inclui refugiados, migrantes, pessoas com diversidade funcional, transfeministas, famílias abertas, maternidades subversivas e que traça pela cidade de Madrid e periferia ataques homo-trans-fóbicos documentados.
Entre as obras exibidas no Queer Lisboa este ano podemos ver “Brandon”, “Coming Home”, “Fingers and kisses”, “Fisting Club”, “Fluid”, “I.K.U.” ou “Sex fish”. Consulta o programa completo aqui.
Sofia Seno