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"O Poder do Cão" e do streaming nos Óscares

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Ontem foram reveladas as nomeações aos Óscares de 2022 e o filme mais nomeado, com um total de 12 nomeações, foi “O Poder do Cão” de Jane Campion, filme que está disponível na Netflix Portugal.

A realizadora Jane Campion tem, sem dúvida, uma marca própria na sua filmografia a que já estamos habituados, contudo este 'O Poder do Cão' parece não ter muito rumo e não consegue fluir tão bem quanto eu esperava.

Este é daqueles filmes cuja narrativa é transmitida fortemente pelo cenário, envolvência e pelas prestações dos actores que enriquecem as suas personagens, mas se a sequência das acções não conseguir ligar bem todos estes elementos então muito fica pelo caminho e o impacto da mensagem não é o mesmo. Foi exactamente isto que senti aqui. Faltou um pouco mais, mas um pouco que faria uma diferença enorme no resultado final e na forma como esta história mexeria connosco.

Contudo é de louvar que um filme como este, em que toca em temas sexuais e sociais de forma muito subtil, desde masculinidade tóxica, o papel do homem e da mulher, interações sociais aceites e o que não pode ser feito ou visto, ou o que se faz na intimidade e às escondidas. Muitas pessoas vão certamente adorar este filme e ficar com uma impressão arrebatadora do mesmo, mas eu precisava de mais e de algo menos previsível.

Infelizmente para mim o que foi exibido ficou aquém e fiquei com a memória de um filme previsível e pouco estruturado, mas com uma boa realização e excelentes interpretações, com destaque claro para Benedict Cumberbatch.

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Outro destaque do filme vai para o actor Kodi Smit-McPhee que foi nomeado na categoria de Melhor Actor Secundário aos Óscares e que representa no filme o lado mais feminino e frágil que qualquer pessoa pode ter e que serve de ponte de contraste entre subtileza e brutalidade, continuando no entanto numa área muito mística da sexualidade que pode ser desenvolvida de diversas formas e a perspicácia da sua actuação é realmente muito boa e relevante para o desenrolar da narrativa, principalmente numa temática mais LGBT.

3 em 5 estrelas 

 

 

André Marques

 

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