Obama urge governantes mundiais a defender Direitos LGBT
O “líder do mundo livre” publicou uma carta aberta onde declara Junho de 2014 como o mês do Orgulho Lésbico, Gay, Bissexual e Transexual.
No documento de 500 palavras, acessível a partir do site da Casa Branca, Obama relata as recentes vitórias na implementação de legislação favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, e também contra a violência, o bullying e a discriminação de cidadãos LGBT. O Presidente continua, reconhecendo que há muito ainda para ser feito, como por exemplo a acabar com a discriminação no trabalho, comprometendo-se a apoiar aqueles que lutam pelos direitos da comunidade. De entre estes, Obama relembra o não conformismo dos clientes do bar Stonewall Inn, há 45 anos atrás, em relação à política da época e pede ao povo americano que siga o seu exemplo, e que fale de “tolerância, justiça e dignidade”.
Na carta, o Nobel da Paz deixa uma mensagem clara de repúdio para os países onde a comunidade LGBT é perseguida, presa, e até executada. “Os Estados Unidos urgem todas as nações a se juntarem a nós e a defenderem os direitos humanos universais dos nossos irmãos e irmãs LGBT.”
O Ministério da Defesa daquele país também reconheceu Junho como mês de orgulho Gay. Em comunicado, refere que “a comunidade LGBT escreveu um orgulhoso capítulo da história americana ao lembrar-nos que a integridade e o respeito permanecem pedras angulares da nossa cultura militar e civil.
Estas declarações surgem num momento delicado na luta contra tudo o que Obama defende na sua carta aberta, em que:
- A assembleia geral das Nações Unidas pode vir a ser presidida por um político do Uganda que no seu país de origem perseguia a comunidade LGBT;
- os resultados das eleições europeias trouxeram más notícias para os defensores dos direitos LGBT;
- há países, como a Rússia ou a Lituânia, onde a homossexualidade é vista como uma praga trazida pelo Ocidente.