Organização do Madeira Pride lança apelo e já conseguiu metade do objectivo (com vídeo)
A organização do Madeira Pride está a lançar um apelo para evitar os constrangimentos financeiros que enfrentou nos dois últimos anos.
A ideia é que os apoiantes contribuam monetariamente através de uma plataforma de crowdfunding. Em menos de uma semana, já foram angariados 1.020 euros dos dois mil que têm como objectivo.
“As dificuldades são bem reais, sendo que, em 2017, o financiamento foi disponibilizado já bem perto da data do evento, o que atrasou o pagamento a fornecedores e pôs em causa a realização do Arraial, tendo sido necessário a ajuda das associações e pessoas integrantes na Comissão Organizadora do Madeira Pride, que tiveram que avançar com o seu próprio dinheiro para assegurar a realização do Arraial. Já em 2018, apesar dos esforços para angariar fundos através de eventos e de venda de merchandising, houve um prejuízo nas contas do Madeira Pride, sendo este assegurado pelas pessoas da Comissão Organizadora”, referem os responsáveis.
Este ano já foi realizado um evento de angariação de fundos, porém estes não asseguram a realização da terceira edição do Madeira Pride. “Devido ao preconceito e ao medo, o Madeira Pride ainda não é um evento apelativo para as marcas e empresas madeirenses patrocinarem”, destacam.
O Orgulho da Madeira de 2019 decorre a 19 de Outubro. A organização inclui a Abraço, Fundação Portuguesa A Comunidade Contra a SIDA - Delegação Regional da Madeira, Núcleo LGBTI Madeira da rede ex aequo, Opus Gay Madeira e UMAR/Madeira. Recorda aqui como foi a Marcha do Orgulho LGBT do Funchal no ano passado, que contou com cerca de 500 participantes.
“Apesar das dificuldades, o Madeira Pride passou a ser um momento de referência para as pessoas LGBTI+ mas também para todas aquelas que acreditam numa sociedade madeirense e portossantense inclusiva e igual em direitos. Queremos que o Madeira Pride continue a ir de encontro às necessidades e reivindicações da comunidade local e que seja uma oportunidade para quebrar os preconceitos e estereótipos e, sobretudo, a invisibilidade, o isolamento e a insularidade. Queremos um evento cada vez maior, melhor e mais representativo”, sublinham os promotores.