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Orlando, um mês depois: como reagiram os Portugueses

49 vítimas de orlando.jpg

A 12 de Junho o mundo acordava com as primeiras notícias vindas da discoteca Pulse. O massacre de Orlando despertou parte do mundo para o ódio que atinge a comunidade LGBT.

Portugal não ficou alheado e a população manifestou-se de várias formas. Recordamos aqui alguns desses momentos:

 

O Parlamento português fez um voto de pesar.

António Costa.png

O primeiro-ministro António Costa publicou uma mensagem no Twitter onde condenou expressamente a homofobia. O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa optou por uma mensagem de condolências sem referências específicas. Estas são apenas duas reacções de um vasto rol.

vigilia Lisboa por Orlando.jpg

As vítimas foram homenageadas em várias vigílias que decorreram em Portugal: Lisboa, Porto, Guarda, Coimbra e Ponta Delgada.  Mesmo no estrangeiro vários portugueses associaram-se às homenagens, como são exemplos Londres e Amesterdão. Vê aqui as fotos enviadas por colaboradores e leitores do dezanove.

Amesterdão.jpeg

Durante a vigília de Lisboa o dezanove.pt conseguiu obter um testemunho que confere um momento de reflexão sobre o papel da Igreja neste tipo de acções. Uma entrevista ao Padre Fernando Santos definitivamente a ler.

Rui MAria Pêgo.JPGJoão Villas Boas.JPG

Solidários com o sucedido em Orlando, Rui Maria Pêgo e João Villas-Boas declararam a sua orientação sexual publicamente. Os dois testemunhos, considerados marcantes, foram amplamente divulgados nas redes sociais e na comunicação social. 

Faixa Vitimas de Orlando.jpeg

A Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, ocorrida uma semana depois do massacre, não deixou passar em branco o crime de ódio. As fotografias das vítimas foram colocadas numa faixa de 15 metros que atravessou todo o percurso da marcha. Orlando também não foi esquecido nos discursos dos vários activistas LGBT.

Seguiram-se as marchas de Porto e Braga. Mais uma vez a ligação a Orlando foi inevitável.

Nos dias que se seguiram ao ataque, o site de notícias dezanove.pt convidou várias figuras nacionais a expressarem-se sobre Orlando, numa tentativa de analisar as causas e as consequências do que sucedeu: 

Carlos Reis, sublinhou o que muitos ignoraram “o pior assassínio em massa desde 11 de Setembro de 2001”. Podia “ter sido qualquer um de nós".

O embaixador dos EUA em Portugal publicou um artigo de opinião onde lembrou que os valores fundamentais da igualdade e da dignidade não estão inteiramente a salvo. Robert Sherman deu o exemplo, não só através da retórica mas também através das acções, participando, de forma inédita, na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa. 

A socióloga Ana Cristina Santos referiu que o ataque LGBTQ-fóbico em Orlando "diz-nos respeito a todos e a todas" e que a "violência tentacular" tem uma origem: o "patriarcado". 

António Fernando Cascais falou de um crime trágico sobre o qual não se pode fazer silêncio. O Professor na Universidade Nova de Lisboa e investigador queer tentou aclarar as águas turvas que se seguiram à tragédia.

Luís Spencer Freitas, um português a viver em Nova Iorque, considera que “o ataque ao Pulse não foi só um ataque a um grupo de pessoas – foi um ataque à única segurança que muitos de nós tivemos em certos momentos da nossa vida”, foi um ataque a um porto de abrigo.  

Rita Paulos, directora da Casa Qui, lembrou a necessidade de nomear todas as vítimas e de combater o que socialmente, também em Portugal, leva à homofobia

 

São estes os nomes e os rostos das 49 pessoas que morreram às mãos de Omar Mateen. Que descansem em paz.

 

Todos os artigos que publicamos sobre o massacre de Orlando podem ser acedidos através deste link: http://dezanove.pt/tag/massacre+de+orlando

 

Paulo Monteiro