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Partidos não esquecem adopção plena e PMA na Marcha LGBT

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Mais uma vez apenas os partidos políticos mais à esquerda marcaram presença na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, com a estreia de plataformas como o Livre/Tempo de Avançar, ao lado do PAN, do MAS e do Bloco de Esquerda.

Centenas de pessoas (segundo a Lusa) ou cinco mil pessoas (números da organização) compareceram este Sábado na 16.ª Marcha LGBT de Lisboa, em mais uma celebração da liberdade e diversidade num ambiente festivo e reivindicativo, recordando que ainda há muito a fazer para a igualdade plena e no combate a discriminação. Nesta senda, partidos políticos mais à esquerda, marcaram presença oficial na iniciativa em ano de legislativas, relembrando que o tema estará inscrito nas agendas e programas políticos para a próxima legislatura.

O dezanove.pt conversou com Rui Tavares, co-fundador do Livre/Tempo de Avançar, partido que irá pela primeira vez a escrutínio em eleições legislativas e que encerrou este Domingo as primárias que visam eleger a constituição das listas eleitorais para as eleições de Setembro/Outubro. Como explicou Rui Tavares, na agenda "inadiável" o partido inclui, num ponto dessa lista a que o Livre chama “Expandir os Direitos Fundamentais”, “as medidas mais urgentes, num desafio aos outros partidos progressistas para que garantam aos portugueses que, no dia a seguir às eleições, estejam a legislar pela liberdade e pelos direitos fundamentais”. “Uma das medidas prioritárias dessa agenda inadiável é a adopção plena e os direitos de procriação medicamente assistida para casais de mulheres ou para mulheres solteiras”, sublinha o ex-eurodeputado.

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Rui Tavares reforçou a disponibilidade do Livre em colaborar com os restantes partidos de esquerda na constituição de uma maioria parlamentar que permita aprovar leis pendentes nesta área. “No dia a seguir às eleições legislativas, com o grupo parlamentar que tivermos, que espero que seja o mais robusto possível e que nós faremos tudo para que seja uma maioria, começaremos a legislar para que os direitos de adopção plena se estendam a todos os portugueses e para que a procriação medicamente assistida seja acessível para casais de mulheres e para mulheres solteiras”, realça. Relativamente à disponibilidade dos restantes partidos em terem no Livre um interlocutor, o co-fundador crê “que há em outros partidos de esquerda um consenso crescente à volta destas medidas”.

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Mariana Mortágua, deputada do Bloco de Esquerda, antecipa ao dezanove.pt que o partido irá continuar a procurar plataformas de entendimento com os restantes partidos para fazer chegar a aprovação das leis a bom porto. “Sempre foi esse o papel do BE, sempre tentámos todos os avanços legais para tal. Sabemos que ainda falta muita coisa: falta a PMA, falta a adopção plena, é preciso ainda mudar algumas regras na adopção, faltam leis em relação à transfobia.” Mortágua lançou ainda algumas farpas à coligação PSD/CDS actualmente no poder: “O próprio governo de direita dá-se ao luxo, e bem, de ter campanhas anti-bullying homofóbico, e esse próprio governo não tira as contradições que existem na lei.” Reconhecendo os “progressos” que partidos como o PCP e o PS têm registado em relação a estes temas, Mariana Mortágua considera ainda que “cada vez mais temos condições para haver uma plataforma mais abrangente e mais capaz de fazer passar as leis que precisamos”. 

 

Pedro Garcia

 

Vê aqui as fotos da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa