Paula Lovely lança single "Keta Pina Mon Amour"
Lançado nas plataformas digitais a 8 de Março este single aborda "o trabalho de uma pessoa queer e VIH+, representante da comunidade LGBTQIA+ e seroenvolvida de Lisboa, que entrelaça transformismo e escrita musical, utilizando o pop para abordar assuntos sociais.
Paula Lovely diz que Ketja Pina Mon Amour pretende "reflectir sobre a minha experiência com saúde mental, medicação e suicídio, e nasce no momento em que, saindo da fase pior, questiono-me sobre o que significa ter ficado e sobre o que farei a partir do “primeiro dia do resto da minha vida”, mas também quer ser uma celebração da vida e uma expressão de gratidão às pessoas que apoiaram, nem que seja por inspiração, o caminho que, a partir desse momento, a artista começou. A artista que já conhecemos do projecto Absolovely continua a explicação sobre o seu primeiro single "Ketja Pina Mon Amour toca no assunto sem peso, é pop, é queer, é alegre, é para as pessoas dançarem e cantarem à vontade".
O nome Ketja Pina vem de "Quetiapina", uma medicação utilizada para tratar alguns transtornos mentais que Paula Lovely usa.
A centralidade de sonoridades eletro-pop deve-se ao trabalho de Foggy (Francesco Pintaudi) que colaborou à criação desta música. As próximas fases do projecto contemplarão a participação e colaboração de entidades de promoção social e associações em Portugal e em Itália, tornando a construção colectiva o verdadeiro pilar do nosso trabalho e do seu desenvolvimento.
No videoclipe, que será conhecido em breve, participaram as avós do projecto A Avó Veio Trabalhar. Paula considera que a narração entre de "ser mulher e terceira idade é inspiradora e empoderante. A luta contra vários estigmas, a abordagem activista, a construção dum trabalho comunitário socialmente útil são pontos em comum entre ambos.
Até conhecermos o videoclipe ouve o single aqui:
Foto: Stefano Moscardini