Pitch Beach vai passar a integrar mais modalidades
O Pitch Beach, que se apresenta como o maior evento desportivo LGBT a acontecer em Portugal, arranca esta quinta-feira. “Será a última vez em que o Pitch Beach terá este formato, uma vez que no ano que vem já integraremos mais modalidades, como por exemplo, a natação”, revela ao dezanove Luís Baião, presidente da associação desportiva Boys Just Wanna Have Fun, que organiza a competição internacional de rugby e voleibol, que decorre em Lisboa.
Em termos competitivos, as equipas de rugby e voleibol encontram-se no Estádio Universitário na sexta-feira. Sábado é dia de rugby e voleibol na praia de Carcavelos. O programa inclui festas e encontros no Finalmente, Tr3s, Trumps e praia 19.
O objectivo é que o Pitch Beach “seja uma grande celebração do desporto e da diversidade. Ainda que haja atletas que vêm para Lisboa competir, há um lado informal e com sabor a férias que todos os jogadores apreciam. Depois dos jogos, haverá a possibilidade de termos jogadores de voleibol a experimentar rugby e jogadores de rugby e digladiarem-se entre si numa partida de voleibol. Será também possível que as pessoas que frequentam a praia de Carcavelos, se juntem a nós para jogar”, explica o mesmo responsável.
O torneio Pitch Beach nasceu para dar competitividade aos atletas do rugby, após a primeira época da equipa. “Tentou-se organizar um torneio pequeno, mas que se distinguisse de todos os torneios que acontecem por essa Europa fora, juntando aquilo que este país tem de melhor: o clima e as praias. Foi nesse pressuposto que nascemos.” Em termos de apoios, o torneio conseguiu crescer. “Há três anos, tentámos a Câmara de Oeiras, que, numa primeira fase, se disponibilizou para nos ajudar, mas acabou por deixar de responder aos nossos pedidos, tendo nós avançado sozinhos”, relembra Luís Baião. Este ano, a associação conseguiu o apoio do grupo Lufthansa (Brussels Airlines, Lufthansa e Swiss). “Começámos em 2010, no início da crise que a Europa ainda atravessa, e não é fácil conseguir apoios. Para além disto, haverá sempre dificuldades em conseguir ajudas e patrocínios porque infelizmente é tudo excessivamente burocrático na esfera do Estado e está tudo organizado de forma a ‘não se fazer’. Pensamos que com tempo, estas barreiras tendam a desaparecer e acreditamos que, não só a Câmara de Lisboa como também outras instituições, terão interesse em trabalhar connosco”, remata Luís Baião.