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Nem na mata se encontram histórias assim

Porque nos incomoda tanto ver um homem com tinta nas unhas? 

Mário Santos

Gostava muito que não tivéssemos de falar sobre isto em 2021.
 
 
Pintar as unhas não define o género, a orientação sexual, ou nada mais acerca da pessoa que as usa pintadas. Mesmo que definisse, isso não atribuía a ninguém o direito de julgar outra pessoa e de limitar o seu acesso a formação, a emprego, etc.

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Pintar as unhas é… para quem quer pintar as unhas. Não tem de ser em nome uma causa, nem porque se tem uma identidade mais queer, e definitivamente não tem de se ter uma vu!va para se pintar as unhas. Regra geral, nem é com os genitais que se pintam as unhas 😱
 
Este caso do aluno de Ponta Delgada abana-nos e inquieta-nos e lembra-nos que a igualdade e o respeito pela diversidade está longe de estar consolidado e garantido. 
 
Este caso é um bom exemplo de como se manifesta a repressão de rapazes e a reprodução de modelos de masculinidade tóxica. E acredito mesmo que, na história de cada homem visceralmente incomodado com umas unhas pintadas num outro homem, está um rapaz que cresceu a ser constantemente lembrado - por homens e mulheres - de que tinha de comportar de uma determinada forma para ser considerado um homem a sério. 
 
Mesmo eu, que até penso bastante sobre estas coisas, dei por mim a hesitar se aderia ou não a este apelo à acção e se pintar as unhas não seria ir longe demais. Revi mentalmente se isto não poderia ter um impacto nas minhas relações com a minha família alargada, com o meu emprego, se poderia trazer-me problemas, se me colocaria numa situação menos segura - a falta de segurança que tantas vezes senti, na infância e adolescência, quando escolhia fazer algo que não coincidia com o que era esperado de um rapaz. Frequentemente, a sociedade fazia questão de “me lembrar” de que eu estava a ir longe demais.
 
Vamos mudar isso? #unhassemgenero 
 
Mário Santos 
 

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