Queer Lisboa 20: Cinco obras em português (com trailers)
Na 20ª edição do Queer Lisboa há vários filmes falados em português. Já aqui falámos do cabo-verdiano e multipremiado “Tchindas” ou da cinematografia dedicada ao universo porno gay do realizador António da Silva - e que apresenta quatro curtas neste festival dedicadas aos homens brasileiros. Agora é a vez de destacar cinco películas faladas em português para ver ao longo dos próximos dias.
Traça
“Traça” do portuense Miguel Bonneville introduz-nos a três histórias autobiográficas: Jean Marc Gaspard Itard, Marie Antoinette e Friedrich Nietzsche. Os três têm em comum um momento de devastação nas suas relações pessoais. Um momento de ruína que leva à reflexão. Compete para melhor curta. Pode ser vista:
18 de Setembro às 19h15, Cinema São Jorge, Sala 3,curta-metragem, de Miguel Bonneville, Portugal, 2016.
Antes o Tempo Não Acabava
Um filme passado na floresta da Amazónia e em várias línguas indígenas. A história retrata a necessidade de afirmação da identidade de Anderson, uma pessoa indígena. O filme confronta os rituais e tradições indígenas com a identidade de Anderson, durante a sua adolescência.
Rodado parcialmente em Manaus (Brasil) e realizado por Fábio Baldo e Sérgio Andrade concorre ao título de melhor longa deste festival. “Não é fácil de ver, mas é de ver” disse o Upcoming quando esta obra esteve no Festival de Berlim.
18 de Setembro às 19h30 e 19 de Setembro às 17h15, Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira, longa-metragem, de Fábio Baldo e Sérgio Andrade, Brasil, Alemanha, 2016.
Waiting for B.
Quem nunca ouviu falar em ir cedo para a porta de um concerto para ficar com o melhor lugar possível? Bem, este grupinho bate todos os recordes: 57 dias de antecedência - com acampamento incluído – para ver B. Este B. é de Beyoncé. Concorre a melhor documentário e já passou por uma série de festivais. Chega ao Queer Lisboa dias:
20 de Setembro às 21h30, Sala 3, e 21 de Setembro às 19h30, Sala Manoel de Oliveira, Cinema São Jorge, longa metragem, de Abigail Spindel e Paulo Cesar Todelo, Brasil, 2015.
Pedro
Uma curta que acontece depois de 8 anos de trabalho conjunto dos jovens realizadores portugueses André Santos e Marco Leão. “Pedro” integrou a programação do festival de Curtas de Vila do Conde. Conta com João Villas-Boas no elenco – só este facto uma excelente razão para não perder este trabalho. A ver:
21 de Setembro às 19h15, Cinema São Jorge, Sala 3, curta-metragem, de André Santos e Marco Leão, Portugal, 2016.
A Seita
O ano 2040 é retratado com algum humor. A cidade de Recife, no Brasil, está deserta e em ruínas depois de ter sido abandonada pelos ricos, que migraram para as estações espaciais. O filho de uma dessas famílias ricas, aborrecido com a nova morada, regressa e começa a decorar a antiga casa, ao mesmo tempo que se envolve com vários homens, numa cidade onde agora existe uma seita secreta.
22 de Setembro, às 19h30 e 23 Setembro às 17h15, Cinema São Jorge, Sala Manoel de Oliveira, longa-metragem , de André Antônio, Brasil, 2015.
Paulo Monteiro