Rio de Janeiro: Criado Dia Marielle Franco contra o genocídio da mulher negra
A 14 de Março, o Brasil e o mundo deparavam-se com a morte da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Ambos foram assassinados numa emboscada após a vereadora do Estado do Rio de Janeiro ter participado num evento de activismo e empreendedorismo para as jovens negras.
A data foi agora incluída no calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro como o Dia Marielle Franco - dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra. A lei com a proposta de criação deste dia foi aprovada esta quarta-feira pelo Governador Ldo Rio de Janeiro e publicada no Diário Oficial do Estado.
A medida estabelece que instituições públicas e privadas promovam debates e palestras na data, com o objectivo de incentivar a reflexão sobre o assassinato de mulheres negras no Brasil. De acordo com o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência de 2017, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), as jovens negras com idade entre 15 e 29 anos têm o dobro de chances de serem mortas do que as brancas na mesma faixa etária.
Passados quatro meses do duplo homicídio, a Polícia Civil brasileira ainda não prendeu nenhum suspeito do crime.