Numa altura em que a extrema-direita vai ganhando terreno e atenção é importante recordar a Revolta de Stonewall. Relembrar o poder e a importância da união e da compaixão entre todos.
Para mim, a Revolta de Stonewall é uma referência e uma inspiração. Não só este episódio em específico, mas todas as pessoas que, principalmente depois da 2.ª Guerra Mundial, reagiram às agressões de que eram alvo diariamente, e às constantes violações de direitos humanos que atingiam a comunidade LGBTI+. Vejo Stonewall como o início do fim da repressão.
A Revolta de Stonewall, do dia 28 de Junho de 1969, significa para mim o estalar do verniz relativamente a toda e qualquer tipo de violência e discriminação contra a população LGBTI+, arrastando consigo, a discriminação de outras minorias naquele contexto específico. Como foi o caso de Marsha P. Jonhson, uma mulher trans negra e activista, que esteve engajada na luta dos negros/negras LGBTI+, e que confrontou o sistema do patriarcado.
até que considerares as coisas desde o seu ponto de vista...”
― Harper Lee, Não matem a cotovia
Junho de 1969, Nova Iorque.
No bairro de Greenwich Village, o dia 28 de Junho e os dias que se seguiram mudaram o percurso das pessoas LGBT[IQ+] para sempre. Bom, para as décadas que se se seguiram, porque esta coisa dos direitos e da visibilidade levam uma eternidade a conquistar, mas vão à vida em meia hora.