Um ano a Quebrar o Silêncio em prol dos homens sobreviventes
Distinguida pelo dezanove.pt como Associação do Ano em 2017, a Quebar o Silêncio comemorou esta sexta-feira um ano de trabalho a dar voz aos homens vítimas de abuso sexual.
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Distinguida pelo dezanove.pt como Associação do Ano em 2017, a Quebar o Silêncio comemorou esta sexta-feira um ano de trabalho a dar voz aos homens vítimas de abuso sexual.
Surgida no início do ano, a associação Quebrar o Silêncio veio preencher uma lacuna no apoio a homens vítimas de violência e abuso sexual em Portugal. Entre o apoio que prestam de forma online e presencial surge agora um encontro dirigido ao grande público dias 16 e 17 de Novembro no ISCTE, em Lisboa. “O homem promotor da igualdade” pretende desafiar a masculinidade tradicional e envolver o homem na luta pelos direitos das mulheres. “O que nós propomos é uma reflexão sobre como podemos motivar mais a participação do homem para a igualdade de género” comenta Ângelo Fernandes, da direcção executiva da Quebrar o Silêncio. Um tema obrigatório nos dias que correm e para melhor compreender na entrevista que se segue.
Ângelo Fernandes tem 35 anos e acaba de fundar a Quebrar o Silêncio.
“Lembro-me de sentir uma vergonha imensa e uma culpa aterrorizante, como se fosse eu o culpado por toda a situação do abuso. E isso era horrível, era asfixiante. Havia dias que eu acordava já sufocado com isto. Houve momentos muito complicados para mim, porque por mais que dissesse, do ponto de vista racional, que não tinha culpa, o lado emotivo dizia o oposto”. Este excerto é parte de uma entrevista que Ângelo Fernandes concedeu ao dezanove.pt e que poderás ler a seguir.