Na indústria musical, a relação entre artistas femininas e produtores muitas vezes esconde histórias dolorosas e perturbadoras de assédio sexual. Os casos emblemáticos de artistas como Kesha, Lady Gaga e Raye lançaram luz sobre um problema profundamente enraizado: o abuso de poder e as práticas predatórias por parte de alguns produtores, transformando estúdios de gravação em locais de vulnerabilidade para as artistas.
No final do mês de Setembro, algumas jogadoras de futebol feminino denunciaram Miguel Afonso de assédio sexual, por actos que terão acontecido na altura em que as mesmas eram orientadas pelo então treinador, no Rio Ave, na época 2020/2021.
Com o mote "Não aceito, nem sorrio. Assédio não é elogio!" a organização da Marcha das Galdérias/Slutwalk Porto quer chamar a atenção para as práticas machistas que estão banalizadas na nossa sociedade e continuam a fazer parte dos nossos quotidianos.
Surgida no início do ano, a associação Quebrar o Silêncio veio preencher uma lacuna no apoio a homens vítimas de violência e abuso sexual em Portugal. Entre o apoio que prestam de forma online e presencial surge agora um encontro dirigido ao grande público dias 16 e 17 de Novembro no ISCTE, em Lisboa. “O homem promotor da igualdade” pretende desafiar a masculinidade tradicional e envolver o homem na luta pelos direitos das mulheres. “O que nós propomos é uma reflexão sobre como podemos motivar mais a participação do homem para a igualdade de género” comenta Ângelo Fernandes, da direcção executiva da Quebrar o Silêncio. Um tema obrigatório nos dias que correm e para melhor compreender na entrevista que se segue.
A actriz alega que o realizador incitou publicamente à sua violação. A actriz canadiana partilhou uma extensa nota na sua página de Facebook explicando ter sofrido assédio sexual por parte do realizador e produtor Brett Ratner, aquando da rodagem do filme “X-Men: The Last Stand” (2006).
Ontem, assim que acordei, percebi que se calhar o vilão Francis Underwood e Kevin Spacey não são assim tão diferentes. Digo isto por um motivo apenas, tentou criar uma diversão mediática para algo injustificável como é o assédio sexual, o que é agravado por ter sido dirigido a um menor.
Na próxima quarta-feira, dia 25 de Novembro, pelas 18 horas, sairá da Praça do Comércio, com destino ao Rossio, em Lisboa, a 5ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Esta acção, convocada por numerosas organizações da sociedade civil, procura dar visibilidade às graves formas de violência que se exercem sobre as mulheres, consequência de sistemas culturais e políticos que conferem primazia ao patriarcado.