Um relatório da principal organização LGBTI na Europa, a ILGA Europe, conclui que, apesar do aumento na retórica oficial anti-LGBTI, alimentando uma onda de crimes de ódio em todos os países da Europa, há uma crescente determinação institucional para combater o ódio e a exclusão.
Num acórdão histórico, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que uma criança e as suas mães do mesmo sexo devem ser reconhecidos como uma família, a criança deve receber um passaporte búlgaro e a família deve ter liberdade de circulação em todos os membros Estados da União Europeia.
As principais organizações de direitos LGBTI na Europa estão a ser bastante encorajadas pelo parecer do advogado-geral do Tribunal de Justiça da União Europeia publicado no passado dia 15 de Abril de 2021. Este parecer foi emitido para um processo em que um casal do mesmo sexo na Bulgária viu o pedido de certidão de nascimento da sua filha recém-nascida ser recusado.
"Estou farto de tudo neste país. Estou farto e cansado da homofobia, do racismo e de que as pessoas não valorizem o meu talento. Recebo constantemente convites para concertos no estrangeiro. É mesmo verdade, vou sair do país, mas não digo para onde." As declarações são do artista búlgaro Aziz, ao jornal 24 Hours.
Apesar de Portugal ser um dos poucos países do mundo que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a forma como a comunidade gay masculina vive a sua orientação sexual ainda está longe da aceitação total. Segundo os resultados preliminares do estudo EMIS (The European MSM Internet Survey), a maioria dos homossexuais masculinos portugueses continua dentro do armário, uma situação bastante distante da que se verifica na generalidade dos países da Europa Ocidental e que só encontra paralelo com a Europa de Leste.
A organização do evento Mr. Gay Europe, que se propõe escolher o homossexual mais bonito da Europa, informou em comunicado que o evento previsto para o próximo Sábado, dia 23, foi cancelado. A eleição iria decorrer em Genebra, na Suíça.
Eric Butter, presidente do comité que organiza o evento e também o Mr. Gay World, informa que a gota que fez transbordar o copo foi a falta de apoio do Hotel Kempinski em Genebra, comunicada na sexta-feira passada. O hotel exigia o pagamento antecipado dos quartos reservados e a organização, por outro, aponta a falta de verbas para corresponder ao solicitado pelo estabelecimento.
A organização preferiu cancelar o evento, referindo a impossibilidade de avançar com uma acção legal contra a unidade hoteleira, através da justiça suíça, devido ao pouco tempo de manobra e, porque qualquer acção implicaria o dispêndio de uma importância que ultrapassaria o orçamento existente .
Após a vitória de Sergio Lara, pela Espanha em 2009, na edição de 2010 eram dezassete os candidatos provenientes do velho continente a concurso: Alemanha, Bielorrússia, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Itália, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça e Ucrânia. De Portugal não existia representante.
A organização fez saber que o valor entretanto pago pelos bilhetes (que oscilavam entre os 35 e os 55 euros) será reembolsado e que todos os candidatos a Mr. Gay Europe estão automaticamente seleccionados para o Mr. Gay World que se realizará nas Filipinas em Março de 2011. Em Manila, além do mais belo do planeta, será assim também apurado o Mr. Gay Europe.