Há dias recebi uma mensagem de um leitor, do Brasil. Escreveu-me um longo texto, dizendo-me que vai acompanhando o meu percurso, que lê os poemas e artigos publicados aqui e acolá. E agradeceu-me. Não só pelos escritos, mas sobretudo por um vídeo em que apareço a discursar no encontro «Portugal, quem és tu?» — organizado pelo Fernando Alvim, em Janeiro de 2015, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa –, onde abordo a questão do bullying homofóbico de que fui alvo até aos 18 anos.
Um casal polaco que recebeu ameaças de morte após divulgar um vídeo em que fazia o seu coming out obteve uma autorização especial para se poder casar na ilha da Madeira.
A 5 de Março de 2015 um jovem de 23 anos foi encontrado morto numa camarata da Base Aérea de Beja. Esta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o Ministério Público decidiu arquivar o inquérito que investigava este caso. Recorde-se que o militar sofreria de bullying homofóbico, o que terá alegadamente provocado o seu suicídio.
E se a expressão ‘bullying homofóbico’ não é a mais apropriada para designar a violência física e psicológica que atinge as crianças e adolescentes portugueses em função da sua orientação sexual ou identidade de género?
Ricardo Figueira é um jovem actor, natural da Figueira Da Foz, com 30 anos de idade e 12 de carreira. Em 2012 criou a ContraPalco, juntamente com Néllson de Souza, com o objectivo de descentralizar a cultura através de digressões por várias cidades que abrangessem todos os distritos de Portugal. É neste seguimento que a ContraPalco apresenta agora uma peça de teatro que retrata a realidade do bullying nas escolas. Fomos conversar com o Ricardo para conhecer mais sobre “Bullying – Uma história de hoje”, da autoria de David Carronha. A estreia está marcada para dia 30 de Outubro no Centro Cultural de Carnide, com entrada gratuita e conta com o apoio da APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
Ser homossexual era considerado, até esta terça-feira, uma “contra-indicação” para que homens ou mulheres pudessem candidatar-se ao serviço efectivo de voluntariado do Exército, que veio substituir o serviço militar obrigatório. Para o Exército, a homossexualidade era equivalente ao alcoolismo ou consumo de drogas como argumento para barrar candidaturas. Uma prática à margem da lei.
Ronin Shimizu tinha 12 anos e era uma criança como as outras, em Folsom, na Califórnia (EUA), mas a opressão homofóbica que vivia terá sido o principal motivo pelo qual pôr fim à própria vida.
Murros na boca e pontapés na cara. Diogo R., 16 anos, acabou estendido no chão, desmaiado e a sangrar. Acabou por ir parar ao hospital. A agressão ocorreu na passada quinta-feira, junto à escola secundária Jaime Moniz, no Funchal.
Isabel Advirta, que acaba de assumir a direcção da ILGA Portugal, explica em entrevista ao dezanove.pt porque escolheu as questões da parentalidade como prioridade. E aponta para os aspectos negativos e positivos do actual governo em questões LGBT.
Flávio Furtado é a mais recente figura pública a juntar-se à campanha Tudo Vai Melhorar. “A homossexualidade é uma coisa tão normal como ter olhos azuis”, refere o jornalista e apresentador de TV no vídeo agora colocado online.
A CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género) acaba de divulgar o novo site de informação e sensibilização para as questões de bullying motivado ódio à orientação sexual e identidade de género.
Hugo Soares, deputado do PSD eleito por Braga, votou contra as proposta de co-adopção e de adopção que estiveram ontem em discussão no Parlamento. Apesar do sentido de voto, o líder da JSD foi recentemente protagonista de um vídeo da campanha Tudo Vai Melhorar, que está a ser promovida pela associação LGBT do Porto CASA. "Vale a pena acreditar que tudo vai ser diferente. Vale a pena ter esperança", dizia então o deputado, mostrando a sua solidariedade com as vítimas de bullying homofóbico.
"Vale a pena acreditar que tudo vai ser diferente. Vale a pena ter esperança". É esta a mensagem de Hugo Soares, presidente da Juventude Social Democrata e deputado da Assembleia da República eleito pelo círculo de Braga, que gravou um vídeo para o Projecto Tudo Vai Melhorar, mostrando a sua solidariedade com as vítimas de bullying homofóbico.
No Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia ouviram-se na Escola Secundária de Pedro Nunes, em Lisboa, histórias dramáticas e reais sobre bullying. A secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, recordou o caso de um rapaz de 13 anos que ligou "repetidas vezes para a linha do provedor da Justiça e pedia para ser institucionalizado porque era vítima na escola e porque, em casa, também não tinha apoio da família. Foi a primeira vez que uma criança pediu para ser institucionalizada", lembrou, citada pela TVI24. Teresa Morais foi uma das participantes da conferência "O bullying enquanto manifestação de homofobia no meio escolar", que decorreu na escola.
Um artigo de opinião assinado pelo Padre Gonçalo Portocarrero de Almada publicado em Março último n’“A Voz da Verdade”, o semanário do Patriarcado de Lisboa, versa sobre a primeira campanha contra o bullying homofóbico lançada em 2010 pela associação de jovens LGBT rede ex aequo.
42 por cento da juventude lésbica, gay ou bissexual afirma ter sido vítima de bullying homofóbico, 67 por cento dos jovens declaram ter visto colegas serem vítimas de bullying homofóbico, 85 por cento dos jovens afirmam já ter ouvido comentários homofóbicos na sua escola, mas menos de um sexto das situações de agressão, cerca de 15 por cento, é alvo de algum tipo de repreensão aos agressores.
A associação LGTB irlandesa Stand Up! lançou esta semana uma campanha de sensibilização que consiste numa abordagem positiva de jovens lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgéneras.