O tempo voa! Esta é a minha 12ª crónica, o que quer dizer já ando nisto há cerca de três meses e isso faz da minha relação com vocês, leitores, a coisa mais estável e duradoura que me aconteceu desde que cheguei a Lisboa. Obrigado… acho eu…
Antes da crónica, vai um aviso que este texto pode conter linguagem que alguns de vocês poderão achar triggering, mas eu acho que é fundamental falarmos acerca destas coisas.
Esta crónica é um epílogo. Se calhar alguns de vocês estavam a torcer para esta saga do All by Myself que se estendeu durante cerca de um mês da minha vida acabar bem, se calhar alguns de vocês não porque, sejamos francos, escrever acerca das dificuldades é sempre mais gratificante para quem lê do que ler mais um final feliz. A minha grande reflexão neste epílogo é acerca da palavra timing.
O início desta crónica levou duas tentativas até eu conseguir perceber exactamente o que é que queria dizer, como o queria dizer, e a quem o queria dizer. Não sabia se o queria escrever em jeito de confissão a vocês que me lêem, ou à pessoa que me faz escrever esta crónica, por isso é provável que estes parágrafos não passem duma versão em prosa dum disco da Adele/Taylor Swift, ou outra qualquer que esparrama a vida sentimental em discos.
Às vezes penso que os títulos destas crónicas estão a um passo de ser iguais aos filmes de terror juvenil que eu via na minha adolescência sem problemas nenhuns e que agora me fazem encolher todo e dizer ‘ssssssss, que impressão!’. Tal como esses filmes, também parecem destinadas a sequelas inevitáveis e também me fazem ocasionalmente querer gritar tipo as personagens do Scream quando o psicopata lhes entra em casa, se bem que no meu caso, tenho conseguido manter os psicopatas fora de casa… mais ou menos…
Tenho quase a certeza que alguns de vocês leram este titulo e ficaram a pensar: “Pronto, lá vem mais um chorrilho de racionalizações para desculpar a ‘infidelidade’”.
O dia de hoje traz o segundo capítulo daquilo que eu não estava nada à espera que se tornasse uma saga regular da vida de solteiro. Quase que me começo a sentir como a versão gay lisboeta da Carrie Bradshaw, se bem que a Carrie já é, em si, bastante gay, mas divago.