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Quem hoje tem mais de cinquenta anos é provável que os seus pais se enquadrem no conceito tradicional da monogamia. Nas gerações mais antigas, era predominante ter-se um único parceiro afectivo-sexual ao longo da vida. No entanto, relações vitalícias nem sempre refletiam relações felizes. As pessoas casavam-se quase sem se conhecerem; a conjugalidade implicava papéis de género que resultavam em dependência financeira das mulheres. Para além disso, o moralismo religioso contribuía frequentemente para a permanência em relações insatisfatórias.

 

 

Normatividades

daniela alves ferreira

Vivemos segundo um modelo social que privilegia as relações heterossexuais. Relações que estão assentem nos papéis binários de género, na monogamia e na procriação. A esse modelo chamamos modelo heteronormativo.

 

Um Conto de Natal (muito pouco LGBT)

natal lgbt

Meses antes, as mulheres já compraram os presentes para a família. Na véspera, providenciam os mantimentos que irão temperar e confeccionar. Quando toda a família se senta à mesa de Natal já têm horas de trabalho. À mesa, deixam arrefecer a comida no prato, enquanto alimentam os filhos, irrequietos. Anseiam que o dia termine, pois é delas a tarefa  da limpeza dos despojos da festa. Os homens, depois de terem comido e conversado descontraídos, tomam o seu digestivo e dirigem os temas de conversa. 

 

 

O contrato social da heterossexualidade

Daniela_Alves_Ferreira

Não tenho muita necessidade de me colocar em caixas, mas há uma que me assenta como uma luva: Sapiosexual. A inteligência de uma pessoa desperta em mim um forte poder de atração. Estou por isso a passar por uma grande crush por Monique Wittig.

 

Não Monogamias Consensuais

Daniela_Alves_Ferreira

Como referi num artigo anterior a monogamia surgiu na época do neolítico como forma de garantir a transmissão da propriedade à linhagem masculina. Produto do patriarcado, este modelo relacional perdura como maioritário até aos nossos dias.

 

A (des) Construção do género e das hierarquias de poder

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Quando nascemos é promovido um discurso de diferença em torno do nosso sexo biológico. Alimentado no meio familiar, profissional e jurídico pela cultura de massas, publicidade ou até pela medicina, esse discurso normaliza o que deve ser um homem ou uma mulher: quem nasce com uma vagina deverá ser obediente, ter recato  e  encontrar na maternidade o exponente máximo da sua realização; quem nasce com um pénis, deverá ser audaz, dominar pela força ou pela autoridade, ter mulher, filhos, e como principal foco a carreira profissional.