O Parlamento aprovou esta sexta-feira a proibição de discriminação na doação de sangue em função "da orientação sexual, identidade e expressão de género e características sexuais", com votos favoráveis de todos os partidos.O texto final dos quatro projectos de lei (PS, BE, PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues) foi aprovado por unanimidade.
No início do ano, dirigindo-se ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Bruno d’Almeida tentou exercer o seu direito de doar sangue. Viu-se impedido de o fazer, tendo ouvido de um técnico de saúde, e posteriormente de uma médica, que “homens que fazem sexo com homens não podem doar”.
O governo ainda não regulamentou a nova lei da procriação medicamente assistida (PMA). Em termos práticos significa que ainda não está em vigor o acesso de qualquer mulher, independentemente do estado civil ou orientação sexual, às técnicas de procriação medicamente assistida. O Bloco de Esquerda fez saber que já questionou o governo sobre a data em que será publicada a regulamentação.
França terminará com proibição de homossexuais doarem sangue que vigora desde 1983, numa tentativa, à época, de evitar a transmissão do VIH/sida. A associação entre a doação de sangue e a transmissão do vírus tem sido desde sempre fortemente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos.
Pouco antes do Natal, o deputado conservador britânico Michael Fabricant reuniu-se com a Ministra da Saúde Jane Ellison e membros do Comité Científico para a Segurança do Sangue, Tecidos e Órgãos, para discutir a realização de um estudo que visa averiguar se homens em relações monogâmicas com outros homens podem ou não doar sangue , sem necessidade de esperar 12 meses após o último contacto sexual.