Muito antes do Manhunt, do Grindr, do Scruff, ou do Tinder redefinirem as possibilidades de articulação entre homens gays, já os dark rooms – e outros espaços de cruising (saunas, bares, drag balls, discotecas) – existiam como espaços de construção de cultura, de fomento político-ideológico, e de resignificação das identidades LGBTQI+.
Ricardo Bargão, 50 anos, artista multifacetado e proprietário de um bar dirigido ao segmento homossexual adulto em Lisboa, percebeu há umas semanas que estava infectado com covid-19. Como foi lidar com a doença no início desta pandemia em Portugal? Que receios viveu? Como se sente agora depois de ter testado negativo? Como vai dar a volta ao negócio que explora e fazer face à timidez económica que, depois da crise sanitária, pode levar ao desemprego? Fomos ouvi-lo.