No ano em que celebramos pela primeira vez na história de Portugal mais dias vividos em liberdade do que em ditadura, em que celebramos os 40 anos da descriminalização da homossexualidade e quatro anos desde a consagração legal da autodeterminação de género, o Museu do Aljube - Resistência e Liberdade oferece a par da exposição temporária “Adeus Pátria e Família”, o espetáculo de André Murraças, Sombras Andantes sobre a relação do Estado Novo com os homossexuais.
Quarenta anos decorridos desde a despenalização da homossexualidade com a publicação do Código Penal de 1982, convocou-se para os passados dias 27 e 28 de Maio um encontro sobre História LGBTI+ em Portugal.
Celebramos 46 anos de democracia, 46 anos que Portugal e suas colónias acordaram de um período de repressão e de ditadura sangrenta. Fruto de uma madrugada libertadora em que os capitães de Abril, junto com a força revolucionária popular, romperam com a cegueira de uma guerra forçada e sem fim à vista, abrindo as portas à Democracia, à Igualdade, à Justiça Social, à Paz e Solidariedade. Estes foram tempos de afirmação, renovação, de sonhos e de perseguição de utopias de um povo que durante uma vida não soube mais do que viver de uma alegria reprimida pela ignorância propagandeada pelo Estado Novo.
“Mário - a história de um bailarino no Estado Novo” vai estar em cena no Cinema São Jorge, em Lisboa, a partir de 8 de Agosto. A autoria e encenação da peça é de Fernando Heitor e conta com a interpretação de Flávio Gil. Até 1 de Setembro vamos poder ver cinco vezes por semana a história de Mário: quintas, sextas e domingos às 19h00 e sábados (2 sessões) às 19h00 e às 22h00.
António Serzedelo, presidente da Opus Gay e vereador suplente da Câmara Municipal de Lisboa, propôs na última semana ao Gabinete de Assuntos Sociais a edificação de um Memorial no Jardim do Príncipe Real dedicado a todas as pessoas LGBT que foram vítimas dos processos fascistas, vilipendiados, perseguidos e presos.