A canção da Joni Mitchell que serve de título a esta crónica, é muito provavelmente, uma das canções mais bonitas alguma vez escritas por alguém. É uma celebração daquela maturidade agridoce que vem com o envelhecer e da capacidade de olhar para as coisas com outros olhos ou de ver ambos os lados de uma mesma moeda.
Em jeito de sequela a uma das crónicas anteriores, e também porque este tópico têm surgido em conversa com várias pessoas, esta semana queria debruçar-me um bocadinho sobre o tema da erosão emocional acerca do qual comecei a falar anteriormente e também sobre os motivos pelos quais eu acho que é um conceito muito diferente de “cansaço emocional”.
Esta crónica começou a ser escrita ao som da música mais lamechas que consegui lembrar-me: a banda sonora do Titanic. Não por nenhum motivo específico mas apenas para descobrir se a sobreposição de pífaros, vozes sintetizadas e violinos a tocar o refrão do My Heart Will Go On ad-nauseam ajudaria com o writer’s block do qual já venho padecendo há algum tempo.
Os últimos meses têm sido estranhos. Parece que sem saber muito bem como, fiquei encalhado no ditado popular “sorte ao jogo, azar no amor”, sendo que no meu caso é mais “sucesso no trabalho, azar no amor”.
Como esta é a crónica número 19, achei que esta semana era a ocasião ideal para celebrar o primeiro aniversário da minha primeira desilusão depois de ter ficado solteiro.