Sem História, não há memória. Foi este o mote que motivou a Exposição “Recorda, Conta, Celebra – Mês da História LGBTQI+” que, pelo segundo ano consecutivo, ocupa o espaço da Biblioteca Norte | Sul do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra durante todo o mês de Fevereiro.
Sem o 25 de Abril de 1974 não teria existido associativismo LGBTIQA+ em Portugal, mas este não encontrou de imediato as condições indispensáveis à sua implantação na sociedade portuguesa. A questão era demasiado “fracturante”, tanto para as direitas políticas extremamente conservadoras, como para a cultura revolucionária radicalizada predominantemente antifascista e anti-capitalista que tendia a desqualificar como burguesa e decadente a subcultura gay e lésbica que prosperava, por outro lado, muito ligada ao circuito de bares e aos espectáculos de transformismo.
José Soares e Keith Mason abriram o bar 106, no número 106 da rua de São Marçal, há 33 anos. Em entrevista ao dezanove.pt, José Soares conta as “estórias” da História de um bar que acompanhou a emancipação da cultura LGBTQIA+ de Lisboa.
A visita percorre as ruas do Bairro Alto e do Príncipe Real, que servem de cenário a vários episódios e personagens LGBTQ da história da cidade de Lisboa. A experiência revela aos participantes um pouco deste passado escondido da capital.
A citação do título é do Jornal de Notícias, o periódico que mais atentamente acompanhou o caso das duas espanholas unidas no célebre “casamento sem homem”, em 1901. Recentemente, foi descoberto no Arquivo Distrital do Porto o documento que comprova o nascimento de Maria Henriqueta, filha de «pai incógnito», mas, afinal, do amor de Elisa e Marcela.
Ao olharmos para a nossa história concluímos que tem havido um progresso ao longo do tempo, devido à incessante luta das mulheres pelas conquistas dos seus direitos.
A 26 de Janeiro de 1592, em Salvador, no Brasil, ocorreu aquele que, para muitos, é considerado o caso mais tocante de homofobia da história do Brasil.
Se é verdade que só conhecendo a nossa história conseguimos compreender o presente, também é verdade que existem poucas iniciativas de síntese da história nacional dos movimentos feministas e, em particular, de luta pelos direitos LGBTQIA+.
Os encontros que assinalam o 40º aniversário da despenalização da homossexualidade em Portugal ocorrerão nos dias 27 e 28 de Maio de 2022, nas instalações do ISCTE-IUL.