Eu“Outlasting – Living Archives of Older Queers” é um documentário produzido pelo projecto TRACE – Tracing Queer Citizenship over Time: Ageing, ageism and age-related LGBTI+ politics in Europe.
Hoje chamamos-lhes queer. A História já lhes chamou coisas piores. Mas uma coisa é certa: sempre cá estiveram. 7 histórias, 7 pessoas que desafiaram o seu tempo e viveram a sua sexualidade de forma radical. "Radicais: Queers que fizeram História" é um podcast da série Sapiens produzido pela Bruá Podcasts narrado por Luís Moreira e que podes encontrar em todas as plataformas de podcasts e em bruapodcasts.com
James N. Green é um exemplo notável de como o activismo pode impulsionar a produção académica e enriquecer a historiografia. A sua abordagem reflete uma tendência na academia norte-americana, onde o compromisso com causas sociais e políticas não apenas molda a investigação, mas também redefine o papel do historiador na criação do conhecimento.
O GTH (Grupo de Trabalho Homossexual) nasceu em 1991 no seio do PSR (Partido Social Revolucionário) e assumia-se como um "grupo lésbico, gay, bissexual e transgender de esquerda, de orientações sexuais e identidades de género diversas que pensava e agia contra o machismo, a homofobia e a discriminação das minorias sexuais". O GTH cessou em 2003, sendo até esse ano um dos mais activos e percursores grupos activistas de defesa das pessoas LGBTI+ em Portugal.
Incluir pessoas LGBT na história envolve conhecer a sua biografia e a sua contribuição para a igualdade de género e visibilidade das minorias. Por esta razão, considero importante celebrar o aniversário de Ruth Charlotte Ellis: mulher abertamente lésbica, afro-americana que teve uma vida longa no contexto em que viveu.
“A história da homossexualidade é a história de tudo quanto foi infligido às pessoas homossexuais a pretexto de o serem, mas é, no mesmo pé, a história de todas as formas pelas quais elas reagiram e se defenderam, construindo e reconstruindo contra-identidades de resistência.”
Elisa Sánchez Loriga nasceu em 1880 em La Coruña, na região da Galiza, noroeste de Espanha. Marcela Gracia Ibeas nasceu em 1886 em Verín, uma cidade na província de Ourense, também na Galiza.
O livro Homossexualidade e Resistência no Estado Novo marca o panorama literário e historiográfico ao trazer à luz do dia uma temática ainda muito negligenciada: a história da comunidade LGBTQIA+ em Portugal.
Sem História, não há memória. Foi este o mote que motivou a Exposição “Recorda, Conta, Celebra – Mês da História LGBTQI+” que, pelo segundo ano consecutivo, ocupa o espaço da Biblioteca Norte | Sul do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra durante todo o mês de Fevereiro.
Sem o 25 de Abril de 1974 não teria existido associativismo LGBTIQA+ em Portugal, mas este não encontrou de imediato as condições indispensáveis à sua implantação na sociedade portuguesa. A questão era demasiado “fracturante”, tanto para as direitas políticas extremamente conservadoras, como para a cultura revolucionária radicalizada predominantemente antifascista e anti-capitalista que tendia a desqualificar como burguesa e decadente a subcultura gay e lésbica que prosperava, por outro lado, muito ligada ao circuito de bares e aos espectáculos de transformismo.
José Soares e Keith Mason abriram o bar 106, no número 106 da rua de São Marçal, há 33 anos. Em entrevista ao dezanove.pt, José Soares conta as “estórias” da História de um bar que acompanhou a emancipação da cultura LGBTQIA+ de Lisboa.
A visita percorre as ruas do Bairro Alto e do Príncipe Real, que servem de cenário a vários episódios e personagens LGBTQ da história da cidade de Lisboa. A experiência revela aos participantes um pouco deste passado escondido da capital.
A citação do título é do Jornal de Notícias, o periódico que mais atentamente acompanhou o caso das duas espanholas unidas no célebre “casamento sem homem”, em 1901. Recentemente, foi descoberto no Arquivo Distrital do Porto o documento que comprova o nascimento de Maria Henriqueta, filha de «pai incógnito», mas, afinal, do amor de Elisa e Marcela.
Ao olharmos para a nossa história concluímos que tem havido um progresso ao longo do tempo, devido à incessante luta das mulheres pelas conquistas dos seus direitos.
A 26 de Janeiro de 1592, em Salvador, no Brasil, ocorreu aquele que, para muitos, é considerado o caso mais tocante de homofobia da história do Brasil.
Se é verdade que só conhecendo a nossa história conseguimos compreender o presente, também é verdade que existem poucas iniciativas de síntese da história nacional dos movimentos feministas e, em particular, de luta pelos direitos LGBTQIA+.
Os encontros que assinalam o 40º aniversário da despenalização da homossexualidade em Portugal ocorrerão nos dias 27 e 28 de Maio de 2022, nas instalações do ISCTE-IUL.