«Não é crime, mas é pecado», foram as palavras do Papa Francisco, há poucas semanas – um alerta para que se descriminalize a homossexualidade embora se continue a barrar o acesso ao casamento e a outros sacramentos.
As notícias relacionadas com os abusos sexuais na igreja estão a deixar vítimas em crise. A associação Quebrar o Silêncio registou, a semana passada, um aumento dos pedidos de apoio relacionados com os casos de abuso sexual no contexto da igreja.
O catolicismo estimulou sempre o anti-semitismo que nunca foi apenas alemão. Na Europa em geral, os judeus eram discriminados desde que o cristianismo se tornou a religião do Estado, e pelas medidas tomadas por bispos cristãos durante séculos.
O livro “Toda a gente nesta sala um dia há de morrer” retrata a história de Gilda, uma jovem lésbica e ateia que, por obra do acaso, vai trabalhar como rececionista de uma igreja católica. Tinha lá ido devido a um anúncio que oferecia serviços grátis na área da saúde mental mas acaba por ser contratada para substituir Grace, a anterior recepcionista, que falecera recentemente.
Nos últimos anos temos assistido a um crescente debate público sobre a “teoria de género” e “ideologia de género”, dois conceitos que mostram inquietação no seu entendimento, tendo recentemente sido apropriados por um discurso político aliado à moral religiosa que se recusa a reconhecer os conceitos de género e sexo como construções políticas e culturais.
As palavras do Papa Francisco mudaram efectivamente o tom da Igreja em relação às pessoas homossexuais. A sua abertura retórica às uniões de pessoas do mesmo sexo em termos civis, apelando até a que os estados que legislassem no sentido de garantir direitos civis aos homossexuais (questões sucessórias, e outras) e que não houvesse discriminação bem como o facto de, enquanto Pastor Universal, se recusar proclamar julgamentos sobre a natureza destas pessoas (“quem somos nós para julgar”) foram uma porta de esperança que se entreabriu para milhões de católicos excomungados, marginalizados, e reprimidos, em todo o mundo.
Miguel Mocho Alcaide preparava-se para ser padrinho de crisma este Sábado na Igreja da Praia de Mira (distrito de Coimbra), mas na véspera recebeu uma chamada telefónica a informá-lo que, por ser gay e estar casado com outro homem, não reunia as condições para tal.
Uma plateia surpreendida com a possibilidade de a linguagem do Corão ser menos patriarcal que as restantes religiões monoteístas. Um padre anglicano a ler passagens do Catecismo romano para demonstrar como que a Igreja Católica continua a não aceitar os homossexuais. Igrejas protestantes em Itália que celebram bênçãos a casais de pessoas do mesmo sexo. Uma moderadora "ateia" que chama a um participante de “católico” e a outra de “cristã”.
O Papa Francisco defendeu este domingo que a Igreja Católica deve pedir desculpa aos homossexuais que tenha ofendido ao longo dos anos. “Creio que a Igreja não só deve pedir desculpa a uma pessoa gay que tenha ofendido, como também deve pedir desculpa aos pobres, às mulheres abusadas, às crianças exploradas pelo trabalho e por ter abençoado tantas armas”, disse o Papa numa conversa com jornalistas quando regressava de avião da Arménia, onde realizou uma visita apostólica de três dias.
O Tribunal Constitucional da Colômbia aprovou esta quarta-feira (4 de Novembro) a adopção por parte de casais homossexuais. Depois de várias horas discussão a lei foi aprovada com seis votos a favor e dois contra.
A Igreja Unida do Canadá escolheu Gary Paterson como líder da congregação. A notícia está a ter grande impacto internacional porque o novo responsável é homossexual.