Antes de me virar para as Ciências Empresariais, fui aluno de Biologia. Quase que fui para Medicina, até. Isso foi nos tempos da minha adolescência, quando não-tão-secretamente, eu tentava construir uma carreira como escritor e músico. Quando me referia a isso, dizia que estava no bom caminho para ser um óptimo escritor, pois a maioria dos nossos grandes escritores eram todos médicos, cientistas.
O Mundial da Vergonha já acabou. Já podem voltar para o vosso modo de ultraje performativo e de solidariedade oportunista habitual, com que compram o selo de cidadãos de bem com que se pavoneiam nas redes sociais.
Portugal é um país que viveu durante muito tempo à sombra da ideia que é um país de "brandos costumes". Com isto, queria dizer-se que Portugal é um país tolerante. Mas isso é um mito que cresceu paralelamente ao significado real da expressão.
Como pessoa com consciência política que sou, costumo seguir vários programas de comentário político. Entre eles, sigo o “Princípio da Incerteza”, herdeiro do “Circulatura do Quadrado” (este, por sua vez, do “Quadratura do Círculo” e por aí além).
Numa crónica anterior, a propósito de Paulo Rangel (a minha estreia para o dezanove.pt) referia como era importante a comunidade LGBTQIA+, em primeiro lugar, reconhecer que, quer queira, quer não, a sua existência é uma realidade política; e, em segundo lugar, em virtude disso mesmo, que é absolutamente imprescindível que se consciencialize politicamente, vote em quem realmente a defende e invista em aceder aos locais de poder, para deixar de estar dependente da intermediação nos não-LGBTQIA+ e da sua boa-vontade, para que os seus direitos sejam defendidos.
O próprio conceito de Democracia [dēmokratía: demos (Povo) + kratos (Poder) = o poder do Povo] implica a ideia de que o poder político deriva da vontade popular - isto é, que o poder político segue a vontade popular.