As Olimpíadas do preconceito
A poucos dias do início dos Jogos Paralímpicos, fazemos um pequeno resumo da edição dos Jogos Olímpicos de 2024, decorridos entre os passados dias 26 de Julho e 11 de Agosto.
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A poucos dias do início dos Jogos Paralímpicos, fazemos um pequeno resumo da edição dos Jogos Olímpicos de 2024, decorridos entre os passados dias 26 de Julho e 11 de Agosto.
Sempre que assistia aos Jogos Olímpicos me perguntava porquê que a existir divisão de atletas em competição não seriam os factores peso e altura e não o género a categorizar atletas. A divisão de homens de um lado e mulheres do outro é tão infundada e sem sentido como dizer que um homem é mais físico e uma mulher mais cerebral. Afinal se assim fosse apenas teríamos mulheres como patroas e líderes. Porquê que as mesmas pessoas que defendem a vantagem hormonal física do homem perante a mulher não defendem que as mesmas devam ser patroas e líderes? É no mínimo uma das muitas conveniências machistas provenientes da macholândia.
Apesar da diversidade e representatividade dos Jogos Olímpicos deste ano, as pessoas trans e intersexo continuam a deparar se com obstáculos e discriminação.
Um estudo realizado pelo site Outsports aponta que os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram de grande representatividade e diversidade. Pelo menos 160 atletas se declaram LGBTQI+. O evento ainda registou a participação da primeira atleta trans a disputar uma Olimpíada, Laurel Habbard da Nova Zelândia e a 1ª pessoa transgénero não-binária, Quinn do Canadá.
O que leva Tom Daley a afirmar: - “Sinto-me muito orgulhoso em dizer que sou homossexual e campeão olímpico”
Numa entrevista ao jornal Record, o judoca português admitiu ser gay: “Sempre me entendi como homossexual”. Trata-se de uma revelação inédita no desporto português.
Caitlyn Jenner esteve presente na Web Summit de Lisboa. Na primeira palestra falou sobre a deterioração do conceito dos Jogos Olímpicos. Mas foi a segunda palestra, em que abordou a sua identidade de género, que captou as atenções da imprensa e do público e que encheu metade do agora renomeado pavilhão Altice Arena. Seguiu-se uma sessão de perguntas e respostas onde não faltou a pergunta: “Por que votou em Trump?
Na semana passada o jornalista Nico Hines escreveu um texto para o The Daily Beast onde afirmou ter conseguido, numa hora, três encontros gay para sexo na Aldeia Olímpica. O jornalista, assumidamente heterossexual, casado e com filhos, criou conta no Grindr para evidenciar como os atletas gays estão, naturalmente, disponíveis para sexo.
Telma Monteiro já conseguiu uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos para Portugal. O dezanove.pt resume o que de mais importante aconteceu no Rio de Janeiro ligado com o mundo LGBT. Confere a lista:
Já há quem fale em genocídio LGBTI no Brasil. Segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, 318 pessoas foram assassinadas em 2015.
Os atletas transexuais devem ser autorizados a competir nos Jogos Olímpicos e outros eventos desportivos internacionais antes de realizarem cirurgia de reatribuição sexual. São estas as novas directrizes adoptadas pelo COI.
Além de petições, protestos, políticos, boicotes, comunicados e outros meios, é também através do humor que se tem combatido a repressão de que são vítimas as pessoas LGBT na Rússia.
A cantora Cher diz ter recebido um telefonema de um amigo a propor-lhe a oportunidade de actuar e fazer parte dos embaixadores dos Jogos Olímpicos de Inverno na Rússia agendados para 2014. “Eu disse imediatamente que não!” foi a resposta da cantora.
Em declarações à revista canadiana Maclean’s, Cher diz não conseguir “perceber o porquê de todo esse ódio gay que está a acontecer por aí.” Contudo, a fonte deste convite, cuja identidade a cantora não quis revelar, terá desmistificado o ambiente que se vive na Rússia em relação às leis anti-gays, alegando que “o povo russo não tem a mesma opinião do que o Governo”.
Yelena Isinbayeva, vencedora da medalha de ouro do salto à vara no estádio Luzhniki esta semana volta a dar que falar. Desta vez não pelo mérito atlético, mas sim pela sua posição em defesa da lei anti-gay da Rússia, o seu país natal.
A selecção nacional feminina de rugby do Canadá pôs tudo a nu num calendário com o intuito de "promover este desporto, acabar com os estereotipos e apoiar campanhas de solidariedade". A organização, com este gesto, espera promover uma imagem positiva do corpo humano, mostrando os resultados de treino intensivo e de um estilo de vida saudável.
Mas não é preciso ficar muito contente. O dezanove.pt explica o porquê: