Durante anos, certos livros foram lidos às escondidas em Portugal e escamoteados à polícia. Porque era proibido lê-los, mas também detê-los. O fim da instituição da censura só ocorre após a Revolução de 25 de Abril de 1974, com a aprovação da Constituição de 1976, que consagra no artigo 37.º a liberdade de expressão e informação e no artigo 42.º a liberdade de criação cultural.
André Murraças (dramaturgo, encenador, investigador LGBTQ+) tem um novo projecto. São ilustrações originais, acompanhadas de uma biografia, inspiradas em escritores cujas obras se impuseram pela sua transgressão, que forma mal entendidos, perseguidos, vistos como malditos. Alguns até bem queer. Mal-comportados.
O projeto independente as7bonecas, conceptualizado e coordenado por Stella Faustino e Joana Rosa, que quer encorajar e divulgar a Literatura Queer em Portugal, e a autoria de mulheres, lança hoje, dia 22 de Janeiro, a segunda convocatória nacional para textos queer de mulheres, numa chamada inclusiva e interseccional. As submissões ficam abertas até dia 21 de Abril de 2024 e há um prémio monetário no valor de 1000€.
Instituído há 35 anos, pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e por iniciativa do Maestro Nóbrega e Sousa, o Dia do Autor Português celebra-se enquanto acto de lembrança de artistas, escritores, poetas, ensaístas ou tradutores que fazem da língua portuguesa mais que um sistema de comunicação, de um estilo de escrita, discurso ou expressão característica de alguém, mais do que narrativas, lirismos ou dramaturgias, de poesias ou crónicas, contos e tragédias, mas como forma de partilha de emoções, sonhos, experiências que enriquecem a nossa cultura e aumenta os nossos conhecimentos.