“No creo en la violencia de género, creo que el género mismo es la violencia, que las normas de masculinidad y feminidad, tal y como las conocemos, producen violencia.” - Paul B. Preciado
Transexualidade, Transgénero e Trans são termos recorrentes para expressar a variedade de vivências de género que não correspondem ao género atribuído à nascença ou ao binário masculino/feminino. Identidades trans podem ser binárias ou não binárias, podem escolher fazer a transição de género socialmente, legalmente e/ou medicamente, ou não, sem com isto invalidar a identidade da pessoa.
Celebramos 46 anos de democracia, 46 anos que Portugal e suas colónias acordaram de um período de repressão e de ditadura sangrenta. Fruto de uma madrugada libertadora em que os capitães de Abril, junto com a força revolucionária popular, romperam com a cegueira de uma guerra forçada e sem fim à vista, abrindo as portas à Democracia, à Igualdade, à Justiça Social, à Paz e Solidariedade. Estes foram tempos de afirmação, renovação, de sonhos e de perseguição de utopias de um povo que durante uma vida não soube mais do que viver de uma alegria reprimida pela ignorância propagandeada pelo Estado Novo.
O governo ainda não regulamentou a nova lei da procriação medicamente assistida (PMA). Em termos práticos significa que ainda não está em vigor o acesso de qualquer mulher, independentemente do estado civil ou orientação sexual, às técnicas de procriação medicamente assistida. O Bloco de Esquerda fez saber que já questionou o governo sobre a data em que será publicada a regulamentação.
Apesar de ter dado entrada na Assembleia da República em Maio o projecto do Bloco de Esquerda acerca da “autodeterminação de género”, o diploma não será discutido nem votado até ao fim deste ano. O motivo para o atraso, segundo o blogue Persona Grata, prende-se com os trabalhos do Orçamento do Estado para 2017 que vão ocupar os parlamentares nas próximas semanas. A proposta do Governo nesta matéria está a ser preparada pela Secretaria de Estado da Igualdade juntamente com o Ministério da Justiça.
Será que a expressão "Cartão de Cidadão" respeita a identidade de género? Foi o que o dezanove.pt quis saber num inquérito que perguntava isso mesmo. Os leitores responderam, verifica os resultados.
Definitivamente, o ano de 2006 foi, para mim, um ano terrível. O ano em que perdi dez quilos em poucos meses, como denuncia, para quem me conhece, a foto que acompanha este texto, tirada na Marcha de Lisboa desse ano. Um ano de morte. A morte simbólica da minha vivência – até então sem “contraditório” – de uma cidade do Porto feita apenas de afectos e generosidade; o desaparecimento da minha mãe após demasiado tempo de sofrimento, falecida poucos meses depois dos factos que motivam este artigo e de quem me encontrava a cuidar praticamente a tempo inteiro quando soou o primeiro alarme de que algo pavoroso tinha acontecido num prédio inacabado da Invicta, às mãos de um grupo de catorze rapazes com idades entre os 12 e os 16 anos. Cada um deles, diga-se, simultaneamente algoz e vítima de maus-tratos na infância, a confirmar que a linguagem de violência é muitas vezes de novo reproduzida porque a conheceu na pele e nunca conheceu outra.
É marcar na agenda. Nos dias 15 e 16 de Março decorre em Braga um workshop de Teatro do Oprimido que tem como mote “O preconceito não faz o meu género”.