Ontem, assim que acordei, percebi que se calhar o vilão Francis Underwood e Kevin Spacey não são assim tão diferentes. Digo isto por um motivo apenas, tentou criar uma diversão mediática para algo injustificável como é o assédio sexual, o que é agravado por ter sido dirigido a um menor.
Existem dias em que com muita esperança, talvez presunção, penso "já passou", que, enquanto adulto, está tudo bem, que não voltarei a sentir isolamento, que não vou olhar o mundo e pensar que está contra mim e que já fiz o percurso que tinha de ser feito. Está mais perto, mas sair do armário, como lhe chamam, faz apenas parte do início da caminhada.
Thomas Mendonça está de regresso ao mundo das exposições com um novo trabalho intitulado “Surreal é a própria vida”. A inauguração terá lugar dia 9 de Julho, pelas 20 horas, na Ribeira - Primeiros Sintomas, em Lisboa, e estará patente até dia 31 de Julho. O artista abriu as portas de sua casa para mostrar parte do seu trabalho e conversar com o dezanove sobre o mesmo.
Estamos em 2016, isto deveria significar que progressos civilizacionais aconteceram. Li e reli notícias, escrevi uma, vi vídeos, li crónicas e comentários, mas ainda não sei bem o que penso do que aconteceu em Orlando, do que está a acontecer no mundo, connosco. Desta coisa de matar porque alguém é, age, pensa e sente diferente de nós. Não sei porque não percebo. Já tentei fazer o exercício de me colocar nos pés de um agressor, não fez sentido.
O príncipe William acaba de fazer história ao aparecer na capa da Attiude, uma publicação gay do Reino Unido, sendo o primeiro membro da família real britânica a fazê-lo.
Nesta 86.ª edição da Feira do Livro de Lisboa, o dezanove decidiu ir, por duas vezes, à procura de livros LGBT. A tarefa não fica nada fácil se não tivermos já os títulos e nomes dos autores em mente, afinal estes livros não abundam. Clássicos como “O Retrato de Dorian Grey”, de Oscar Wilde, e tornados clássicos como “The Perks of Being a Walflower”, de Stephen Chbosky, encontram-se tão facilmente como as ervas daninhas nos Jardins do Parque Eduardo VII. Os outros, só mesmo com um olhar mais atento, de quem é dono de todas as horas do dia. Quanto aos preços, convenhamos que uns eram mais de feira do que outros. Para facilitar a vida e as buscas deixamo-vos com as informações de alguns dos nossos achados.
Mais um ano, mais uma edição do Festival de Cannes. Algo que, desde 2010, significa também a atribuição da Queer Palm. Que este ano nas longas-metragens foi para o documentário "Les Vies de Thérèse" (2016), do francês Sébastien Lifshitz, e nas curtas para "Gabber Love" (2016), da também francesa Anna Cazenave Cambet.
“Num debate amigável em que os convidados mostravam partilhar pontos de vista, não havia lugar para divergências de fundo. E não houve. Só o tema das 'barrigas de aluguer', previstas na lei aprovada pela Assembleia da República na sexta-feira, dia 13, mereceu algumas críticas.” É desta forma que o jornalista Bruno Horta arranca a análise ao #debate19, publicada no blogue Persona Grata.