“No caso em questão, bem se pode dizer que em torno das realizadoras portuguesas, até há bem pouco tempo, sempre se fecharam vários círculos de ferro difíceis de quebrar num país com as características de Portugal, justamente encarado na introdução deste ensaio como nação pequena. (...) Portugal, país de dez milhões de habitantes, situado no extremo oeste da Europa, com uma história de grande expansão pelo mundo, mas que chegou ao final do século xx atrasado em vários aspectos da vida cultural, encontra na tremenda batalha pela produção do cinema produzido por mulheres uma história que o tipifica.”
Lídia Jorge, Realizadoras Portuguesas: Cinema no Feminino na Era Contemporânea (ICS, 2023)
De 20 de Abril, já amanhã, quarta-feira, a 1 de Maio, domingo, há muito cinema para ver no IndieLisboa. Uma selecção que continua a surpreender pela positiva. Este ano, o Festival consolida a ligeira, mas significativa, mudança que começou o ano passado. Nesta edição podemos ver finalmente porque Leonor Teles venceu o Urso de Ouro em Berlim com o seu “Balada de Um Batráquio”. Também poderemos ver a importância que o holandês Paul Verhoeven, um dos Heróis Independentes deste ano, teve na cinematografia mundial.
Para além destes destaques o dezanove escolheu 10 filmes LGBTI+ que poderás ver nas várias salas, nas várias secções, durante os 12 dias de IndieLisboa.