«A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Far-se-á através de realizações concretas que criarão, antes de mais, uma solidariedade de facto.» - Robert Schuman, 9 de Maio 1950
Hoje, celebra-se o Dia da Europa. Hoje, celebra-se a paz e a unidade do continente europeu. O 70º aniversário da histórica “Declaração Schuman”, que viria a servir de chavão da actual União Europeia. Cinco anos após a Segunda Guerra Mundial, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Robert Schuman, propõe em Paris, uma nova forma de cooperação política na Europa.
O Parlamento da Lituânia prepara-se para debater quatro alterações legislativas e iniciativas legislativas que poderão restringir os direitos LGBT. Tratam-se de iniciativas legislativas de protecção dos direitos da criança e as alterações ao Código Civil que redefinirão o conceito de família, eliminando qualquer possibilidade para os casais do mesmo sexo de exercerem o direito à família.
“Lembro-me de produzir música para um músico lituano, que se cansava de me fazer lavagem cerebral a dizer-me que eu não precisava ser tão conservador e intolerante acerca deles. Quando lhe perguntei “O que farias quando te apercebesses que o ânus do teu filho de 16 anos era violado pelo teu namorado?”, bem, ele ficou em silêncio.” "Numa das minhas idas à Irlanda, a caminho do hotel, reparei que a cerca de uma igreja estava decorada com centenas de sapatos de bebé. Naturalmente perguntei-me porquê? Infelizmente a mentira de muitos anos de um padre foi descoberta quando as crianças foram massivamente violadas. Infelizmente as pessoas desta outra “espécie” continuam a fazer o mesmo e toda a gente sabe, mas não fazem nada."
Há algumas semanas, o realizador Romas Zabaraukas, de 24 anos, agitou a imprensa lituana ao prometer despir-se para promover a campanha de crowdfunding da sua próxima longa-metragem “You Can’t Escape Lituania”.
Foi lançado oficialmente o diário gráfico de Joana Estrela, intitulado “Propaganda”, que conta a história da sua experiência enquanto voluntária na Liga Gay Lituana (LGL) entre 2012 e 1013. Joana estudou Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes do Porto e, no âmbito de um programa de voluntariado europeu, rumou a Vilnius.
O departamento de Inspecção da Ética Jornalística da Lituânia concluiu que dois livros infantis que promoviam a aceitação de casais do mesmo sexo eram perigosos para os menores e classificou as obras para maiores de 14 anos.
A realização das Marchas do Orgulho nos países do Báltico, isto é, Lituânia, Letônia e Estônia, continuam a enfrentar grande contestação nestes países. Este ano a Marcha do Orgulho do Báltico realiza-se em Riga, na Letónia, a 2 de Junho, mas enfrenta de novo a oposição de autoridades locais.
Segundo a “Lithuania Gay League”, a representação do contingente feminino da população LGBT é pouco vísivel pelo que decidiu lançar um projecto intitulado “Empowering LBT Women” com o objectivo de promover o diálogo e dar mais visibilidade a esta população a nível nacional. Entre outras acções a iniciativa consiste em escrever postais aos ministros lituanos com o tema “Vamos falar”.
Apesar de Portugal ser um dos poucos países do mundo que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a forma como a comunidade gay masculina vive a sua orientação sexual ainda está longe da aceitação total. Segundo os resultados preliminares do estudo EMIS (The European MSM Internet Survey), a maioria dos homossexuais masculinos portugueses continua dentro do armário, uma situação bastante distante da que se verifica na generalidade dos países da Europa Ocidental e que só encontra paralelo com a Europa de Leste.
O Supremo Tribunal Administrativo da Lituânia anulou a decisão de um tribunal de instância inferior de suspender a realização do Orgulho Gay Báltico, marcado para amanhã, em Vilnius. A deliberação do Supremo Tribunal, que vai permitir que pela primeira vez o país assista às comemorações do Orgulho, foi tomada após um recurso da Liga Gay Lituana. Segundo a Associated Press, uma sondagem recente indicava que a maioria da população lituana estava contra a realização do Orgulho Gay no país.
Um tribunal lituano suspendeu as comemorações do Orgulho Gay Báltico, que deveriam celebrar-se na capital Vilnius, este sábado, 8 de Maio. As associações LGBT da Estónia, Letónia e Lituânia decidiram, desde o ano passado, celebrar de forma rotativa o Orgulho Gay nos seus países. Coube a Riga, capital da Letónia, inaugurar estas comemorações em 2009. A suspensão decretada pelo tribunal baseia-se na vontade de evitar incidentes entre “grupos radicais” que estariam contra a marcha, sendo por isso uma forma de “proteger” os participantes. Em Março, mais de 50 deputados do parlamento lituano pediram a suspensão do Orgulho, invocando que a sua realização violaria a Lei de Protecção de Menores contra os Efeitos Prejudiciais da Informação Pública que entrou em vigor este ano. Nos últimos dias, várias organizações, como a Amnistia Internacional, o Intergrupo LGTB do Parlamento Europeu ou a ILGA Europa, condenaram a decisão. A Amnistia chegou a pedir à presidente do país, Dalia Grybauskaite, que garantisse que os defensores dos direitos LGBT pudessem manifestar-se. Um porta-voz da Presidência referiu que a chefe de Estado estava “surpreendida” com a importância que se estava a dar às eventuais alterações da ordem pública que poderiam ocorrer caso a marcha se realize e sublinhou que a Constituição do país garante o direito a que os cidadãos se possam manifestar pacificamente.