Estamos a menos de um mês do início da semana da 68ª edição do Festival Europeu da Canção. A última edição marcou a segunda vitória da cantora bissexual sueca Loreen, que venceu o festival em Baku no Azerbaijão, em 2012, e a edição celebrada em Liverpool no ano passado. À semelhança de 1992 e 2013, o festival da Eurovisão realiza-se pela terceira vez na cidade sueca de Malmö, no sul da Suécia.
Ora bem, temos o saber e temos o poder. Um não existe sem o outro. O saber é um emaranhado de teias tecidas por diversos actores das mais variadíssimas áreas e tem como função validar conceitos e legitimar comportamentos, estabelecendo, assim, quais os ingredientes ao dispor do humano pensante para que este possa formular as novas verdades que chegam em catadupa e que vão regendo a vida dos povos; esclareça-se que, muito embora a verdade, socialmente produzida e reproduzida, não seja sempre propriamente científica, porque não foi directamente formulada por agentes científicos, aquilo que permitiu que a ela se chegasse, os tais ingredientes ao dispor do humano pensante, é científico, no aspecto em que emergiram das verdades autorizadas e postas a circular pelos círculos de sabedores que exercem ciência.
Num episódio recente que espelha as contínuas lutas contra o preconceito enraizado na sociedade, Cristina Ferreira, uma figura pública de renome em Portugal, tomou uma posição controversa ao recusar-se a reconhecer a identidade de género de Jacques Costa, uma pessoa não-binária, optando por usar o pronome masculino "ele" em detrimento do feminino "ela", ou dos pronomes neutros que seriam os mais apropriados para respeitar a identidade de Jacques.
"Ninguém conhece o meu coração. Está escondido debaixo do meu casaco, da minha pele, das minhas costelas. O meu coração foi importante durante nove meses dentro da barriga da minha mãe, mas assim que saí da barriga, toda a gente deixou de se preocupar se ele batia vezes suficientes por hora. Ninguém se preocupa quando pára ou quando começa a bater depressa, dizendo-me que deve haver algo de errado"
A rede ex aequo é uma associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, trans, intersexo (LGBTI) e apoiantes. Desde a sua origem em 2003, que “procura dar resposta à necessidade de apoiar os jovens LGBTI face ao bullying, ao isolamento, à violência e ao abandono aos quais muitos destes jovens tendem a ser sujeitos”.
No dia das Pessoas Não Binárias damos visibilidade a uma pessoa não binária que mora em Portugal para que nos conte sobre a sua experiência de vida, sobre o seu processo de evolução e que conselhos tem para outras pessoas com dúvidas, em questionamento ou simplesmente porque querem saber mais. Fomos falar com Navegante Estelar aka João Pedro.