“Escandalizar é um direito. Ficar escandalizado é um prazer.” Pier Paolo Pasolini
Dizem que há mistérios que devem permanecer num mistério, até há quem defenda que não se devem vasculhar. Defendo que os mistérios são para ser contados, mas que podem muito bem permanecer envoltos em mistério.
Apresentado na Cinemateca Portuguesa, o programa Queer Focus on Africa, uma colaboração com o Africa.Cont, é um programa que explora as diversidades políticas e culturais do continente africano, bem como o modo como o seu cinema tem explorado as questões ligadas à sexualidade e ao género. De 20 a 27 de Setembro a Cinemateca exibirá não apenas clássicos como "Touki Bouki", de Djibril Diop Mambéty, ou "Mercedes", de Yousry Nasrallah, mas igualmente alguns títulos que têm problematizado a própria noção de identidade africana ou de "África" como um conceito, como se vê no documentário (que passa também em competição) "Profezia, L'Africa di Pasolini". O Queer Focus on Africa, que conta com 22 filmes, alarga a o seu programa a instalações, debates e performances por artistas africanos.
Inspirado em capítulos da obra “Petrolio” de Pier Paolo Pasolini a Karnart, em Lisboa, traz ao público um texto interventivo sobre sexo e poder que, aliado a uma criatividade plástica e performativa especial, brinda ao seu novo espaço localizado em Belém.