Um grupo de arqueólogos que estava a investigar uma caverna com cerca de cinco mil anos, da Idade do Bronze, na República Checa, encontrou há dois anos o que acreditam ser os restos mortais de um homem primitivo gay ou transexual.
A organização do evento Mr. Gay Europe, que se propõe escolher o homossexual mais bonito da Europa, informou em comunicado que o evento previsto para o próximo Sábado, dia 23, foi cancelado. A eleição iria decorrer em Genebra, na Suíça.
Eric Butter, presidente do comité que organiza o evento e também o Mr. Gay World, informa que a gota que fez transbordar o copo foi a falta de apoio do Hotel Kempinski em Genebra, comunicada na sexta-feira passada. O hotel exigia o pagamento antecipado dos quartos reservados e a organização, por outro, aponta a falta de verbas para corresponder ao solicitado pelo estabelecimento.
A organização preferiu cancelar o evento, referindo a impossibilidade de avançar com uma acção legal contra a unidade hoteleira, através da justiça suíça, devido ao pouco tempo de manobra e, porque qualquer acção implicaria o dispêndio de uma importância que ultrapassaria o orçamento existente .
Após a vitória de Sergio Lara, pela Espanha em 2009, na edição de 2010 eram dezassete os candidatos provenientes do velho continente a concurso: Alemanha, Bielorrússia, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Islândia, Itália, República Checa, Roménia, Rússia, Suécia, Suíça e Ucrânia. De Portugal não existia representante.
A organização fez saber que o valor entretanto pago pelos bilhetes (que oscilavam entre os 35 e os 55 euros) será reembolsado e que todos os candidatos a Mr. Gay Europe estão automaticamente seleccionados para o Mr. Gay World que se realizará nas Filipinas em Março de 2011. Em Manila, além do mais belo do planeta, será assim também apurado o Mr. Gay Europe.
"Morrer Como Um Homem" (2009, João Pedro Rodrigues) foi o filme escolhido entre os doze filmes de produção portuguesa que estrearam comercialmente entre Outubro de 2009 e Setembro de 2010 para ser o candidato de Portugal a uma nomeação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O anúncio foi feito pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) na terça-feira passada, 28 de Setembro. O júri que seleccionou o representante português foi nomeado pela direcção do ICA e foi presidido pelo próprio director José Pedro Ribeiro, e constituído por Ana Costa, da Associação de Produtores de Cinema, Fátima Vinagre, da TOBIS Portuguesa, José Carlos Oliveira, da Associação de Realizadores de Cinema e Audiovisual, Luís Miguel Oliveira, da Cinemateca Portuguesa/Museu do Cinema, Margarida Gil, da Associação Portuguesa de Realizadores, e Patrícia Vasconcelos, directora de casting. A candidatura portuguesa teria que ser entregue até ontem, 1 de Outubro, à Academy of Motion Picture Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências Cinematográficas). A Academia revelará os nomeados de todas as categorias a 25 de Janeiro de 2011 e os vencedores serão conhecidos a 27 de Fevereiro na cerimónia da 83.ª edição dos Oscars, em Los Angeles, Califórnia.
Depois de ter tido antestreia mundial no Festival de Cinema de Cannes e de ter sido o filme de abertura do Queer 13, em 2009, “Morrer Como Um Homem” foi já distinguido, este ano, como o melhor filme do Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires, na Argentina, e do Festival Gay e Lésbico Mezipatra, da República Checa. O realizador João Pedro Rodrigues vai ser homenageado com uma retrospectiva nos Estados Unidos, na Brooklyn Academy of Music (Academia de Música de Brooklyn), entre 6 e 8 de Outubro.
Através da história de Tónia (Fernando Santos a.k.a. Deborah Kristal), "Morrer Como Um Homem" dá-nos a conhecer o retrato cruel, frio e cru de um afamado transformista na Lisboa dos anos 80. Levemente (ou não) inspirado na história real de Ruth Bryden (Joaquim Centúrio de Almeida) o terceiro filme de João Pedro Rodrigues retrata a queda inglória de Tónia. Tónia é uma mulher poderosa, um furacão, uma força desmedida da natureza, diminuída pela seu companheiro Rosário (Alexander David) e pela forte concorrência de outras mulheres mais novas, Jenny (Jenni La Rue), tão iguais a si e tão diferentes de si. Pressionada pelo seu jovem companheiro a assumir a identidade feminina, pensa submeter-se a uma cirurgia de mudança de sexo. Tónia luta contra as suas convicções religiosas mais profundas: se, por um lado, quer tornar-se a mulher que Rosário tanto deseja, por outro, acredita que perante Deus nunca poderá ser essa mulher plena. Acresce a este drama o reencontro com o filho que Tónia havia abandonado em criança, esse soldado desertor, perdido sem rumo. Com o pretexto de visitar o irmão de Rosário, foge para o campo com o namorado, depois de descobrir que está gravemente doente. Perdem-se numa floresta encantada, um mundo mágico onde encontram a enigmática Maria Bakker (Gonçalo Ferreira de Almeida) e a sua amiga Paula (Miguel Loureiro). E este encontro vai mudar as suas vidas...