Orgulhosamente positivo
Em Outubro deste ano, não recordo o dia ao certo, após milhares de exames, pois não queria ver o que era claro como água, lá ganhei coragem e pedi à médica de família um teste ao VIH, sabendo, à partida, que seria positivo.
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Em Outubro deste ano, não recordo o dia ao certo, após milhares de exames, pois não queria ver o que era claro como água, lá ganhei coragem e pedi à médica de família um teste ao VIH, sabendo, à partida, que seria positivo.
O Dia Mundial de Luta Contra a Sida já passou, mas continuamos a dar destaque a este assunto. Fomos falar com o Ricardo, uma das 10 pessoas que deram a cara pela campanha "Sou VIH+ e Vísivel".
Eu tenho VIH, mas não é a infecção que me define.
Mês de Junho. Mês do orgulho. Mês de recordar o que passou, o caminho até aqui, dificuldades, superações, empoderamento.
Cada um de nós, pessoas LGBTQIA, tem a sua história pessoal, mais ou menos tortuosa, mais ou menos fácil. A minha, possivelmente, semelhante à de tantos outros: nascido no final dos anos 1970, filho único de uma família de classe média baixa com grandes expectativas para mim, nomeadamente, tirar um curso superior, casar aos 20 e poucos, ter filhos. A juntar ao que a sociedade desejava de mim, a educação religiosa judaico-cristã incutiu-me também o medo, a repulsa, o sentir que gostar de homens era pecado, era errado.