Mais um revés na dádiva de sangue por homossexuais
O caso da doação de sangue por homens que mantêm sexo com outros homens acaba de sofrer mais um revés.
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O caso da doação de sangue por homens que mantêm sexo com outros homens acaba de sofrer mais um revés.
O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Hélder Trindade, apresentou a demissão invocando "razões pessoais". Como destaca a agência Lusa, o pedido de demissão ocorre poucos dias depois de a Direcção-Geral da Saúde ter divulgado uma norma de orientação clínica que permite a doação de sangue por parte de homossexuais e bissexuais, embora condicionada a um período de abstinência sexual de um ano.
Omar Mateen. Este homem de 29 anos (nas fotos) é o autor do massacre na discoteca Pulse, em Orlando, que vitimou 50 pessoas. É o maior ataque nos Estados Unidos desde o 11 de Setembro. Omar Mateen era natural de Fort Pierce, também na Florida e que fica a 200 quilómetros a sul de Orlando.
França terminará com proibição de homossexuais doarem sangue que vigora desde 1983, numa tentativa, à época, de evitar a transmissão do VIH/sida. A associação entre a doação de sangue e a transmissão do vírus tem sido desde sempre fortemente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos.
Um inquérito online levado a cabo junto dos leitores do site dezanove.pt entre 15 de Maio e 11 de Julho mostra que a maioria dos homossexuais masculinos não faz dádivas de sangue. Os resultados são agora divulgados.
O Grupo de Trabalho (GT) sobre Comportamentos de Risco com Impacto na Segurança do Sangue e na Gestão de Dadores criado para analisar os critérios da dádiva de sangue por parte de homo e bissexuais concluiu que a exclusão definitiva destes dadores pode deixar de acontecer. Esta informação é avançada num artigo da autoria do jornalista Bruno Horta publicado esta segunda-feira pelo jornal Público.
Hélder Trindade, Presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, afirmou esta quarta-feira na Comissão Parlamentar da Saúde que ser homem e ter tido sexo com outros homens é factor de exclusão para a dádiva de sangue em Portugal.
A Comissão Parlamentar de Saúde vai debater esta quarta-feira de manhã um requerimento do Bloco de Esquerda solicitando a audição do presidente do Conselho Directivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). O partido quer saber por que continua a existir discriminação de homens que fazem sexo com homens nas dádivas de sangue.
O governo não pretende mudar os critérios de forma a que os homossexuais e bissexuais possam ser dadores de sangue, apesar de, em 2010, a Assembleia da República ter aprovado uma resolução em que eram pedidas medidas que pusessem fim à discriminação.
A Assembleia da República aprovou em 2010 uma resolução em que exigia que a questão "Sendo homem, teve relações sexuais com outro homem?" fosse retirada do questionário aplicado na recolha de sangue. Mas, em termos práticos, a discriminação dos dadores de sangue com base na sua orientação sexual continua a existir.
Nunca foi elaborado qualquer documento normativo que proíba expressamente a discriminação dos dadores de sangue com base na sua orientação sexual. A denúncia é do Bloco de Esquerda que adianta que só agora foi criado o grupo de trabalho "Comportamentos de risco com impacto na segurança do sangue e na gestão de dadores", que deverá apresentar as conclusões em Junho.
Marchas em Coimbra, Porto, Lisboa e Ponta Delgada e manifestações à porta do Coliseu de Lisboa e do Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Recorda agora alguns dos momentos mais importantes do activismo LGBT ao longo de 2012.
A acção de protesto levada a cabo este Sábado junto do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em Lisboa, confirmou pelo menos mais um caso de negação de doação de sangue a um homossexual.
Pelo menos três estudantes universitários, do sexo masculino, viram ser recusada a doação de sangue por terem tido relações homossexuais. Segundo denuncia a CASA (Centro Avançado de Sexualidades e Afectos) os estudantes foram questionado se já tinham tido "comportamentos homossexuais". Perante a resposta positiva, foi-lhes vedada a possibilidade de doarem sangue.
O caso dos limites à doação de sangue de homens homossexuais em Portugal conheceu um novo episódio. A Comissão para a Igualdade de Género (CIG) recomendou ao Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) que reformule o questionário usado nas entrevistas nomeadamente a pergunta sobre a prática de relações sexuais entre homens.