Muito antes do Manhunt, do Grindr, do Scruff, ou do Tinder redefinirem as possibilidades de articulação entre homens gays, já os dark rooms – e outros espaços de cruising (saunas, bares, drag balls, discotecas) – existiam como espaços de construção de cultura, de fomento político-ideológico, e de resignificação das identidades LGBTQI+.
O ano de 2014 foi marcado por momentos pouco consensuais em Portugal e no mundo. Em Portugal, e à cabeça, está a rejeição da lei da co-adopção pelo Parlamento, depois de uma novela política que envolveu uma proposta de referendo por parte do PSD entretanto chumbado pelo Tribunal Constitucional. Por apenas 5 votos se adiou a protecção legal das crianças que aos olhos de todos já vivem com casais do mesmo sexo, excepto para a lei portuguesa. No resto do mundo há várias polémicas por onde escolher.
James Wharton, ex-militar e activista do direitos LGBT, está a gerar polémica no Reino Unido depois de defender, num artigo de opinião publicado na revista Winq, o fim das saunas gay. “As saunas de sexo têm de passar à história. Chegou a altura de serem encerradas”, defendeu Wharton, que ficou famoso por ter sido o primeiro militar homossexual a ser capa da revista especializada Soldier. Foi ainda capa da revista gay Attitude e publicou o livro “Out In The Army”.